HISTÓRIA DA IGREJA DE DEUS

FRAGMENTOS HISTÓRICOS DA “IGREJA DE DEUS” Traduzido para o português pelo Grupo de Estudos Bíblicos da Igreja de Deus – GEBID Dezembro/2001. MEXICO, D. F. – 1963 FRAGMENTOS HISTÓRICOS...

FRAGMENTOS HISTÓRICOS DA “IGREJA DE DEUS”

Traduzido para o português pelo
Grupo de Estudos Bíblicos da Igreja de Deus – GEBID
Dezembro/2001.

MEXICO, D. F. – 1963
FRAGMENTOS HISTÓRICOS ACERCA DA “IGREJA DE DEUS”

A Igreja de Deus que se ergue vencedora, Ante o mundo de apostasia.

Com o desejo infinito de ajudar, a Conferência Geral da Igreja de Deus neste país do México, dedicamos estes fragmentos históricos da igreja a todos os membros e investigadores, para ajudá-los a confirmar convicções em relação a originalidade da Igreja.

Nossa recomendação é que este documento seja lido com interesse e possa guiá-los “a pôr em ordem a história das coisas que entre nós tem sido certíssimas”. (Lucas 1: 1- 4), e se confirme a fé de muitos.

“Igreja de Deus, permanece firme!
Unida ao coração como uma cadeia,
Seja a espada da verdade na mão direita
De cada um de seus membros”.

com respeito e carinho cristão.

PUBLICAÇÕES DA IGREJA DE DEUS.

OBSÉQUIO DO
MINISTRO CARLOS GARCIA BECERRIL
PRESIDENTE DA CONFERÊNCIA GERAL DA IGREJA DE DEUS
INDICE

A IGREJA 1
A IGREJA NÃO PODE MORRER 1
AS CHAVES, AS MARCAS E A HISTÓRIA 2
AS MARCAS DA IGREJA DE CRISTO 4
AS SANTAS ESCRITURAS PRESERVADAS PELO POVO SANTO 6
A PERSEGUIÇÃO PAGÃ SEGUIDA PELA PERSEGUIÇÃO DA “IGREJA” 6
A MAS ANTIGA FÉ E A REFORMA PROTESTANTE 8
CARACTERÍSTICAS DO POVO SANTO QUE “GUARDA A FÉ” 9
A LINHAGEM DOS FIÉIS CONTÍNUOS 14
WYCLIF, HUS E OS LOLLARDITAS 15
UM DECRETO CONTRA OS HEREGES 16
PERSEGUIÇÃO 16
DESDE BOÊMIA 17
VALDENSES E LOLLARDOS 17
WYCLIF E HUSS 18
INTRODUÇÃO PARA A PARTE SEGUINTE 18
FRAGMENTOS HISTÓRICOS ACERCA DA “IGREJA DE DEUS” (SEGUNDA PARTE) 19
A REFORMA NÃO PÔDE DETER A PERSEGUIÇÃO 21
OS PEREGRINOS E PURITANOS 21
PRIMEIRAS IGREJAS AMERICANAS DO SÉTIMO DIA 22
A ORGANIZAÇÃO FORMAL E ADAPTAÇÃO LEGAL (DO SÉTIMO DIA) EM 1800 23
OBSERVADORES DO SÁBADO NA INGLATERRA DURANTE OS SÉCULOS XII E XIV 26
O SÁBADO EM BOÊMIA E ENTRE OS QUAKEROS 26
O SÁBADO ENTRE OS PURITANOS 26
O SÁBADO ENTRE OS JUDEUS CRISTÃOS 26
PRIMEIRAS IGREJAS SABÁTICAS NA AMÉRICA 28
EM SHREWSBURY, NEW JERSEY 28
UM NOVO MOVIMENTO DO SÉTIMO DIA NO SÉCULO XIX 30
O MOVIMENTO ADVENTISTA DE GUILLERMO MILLER DO SÉCULO XIX 30
A PROFECIA DA RESTAURAÇÃO DOS JUSTOS NA PALESTINA 34
QUE FOI DAS 6500 PESSOAS QUE FALTAM? 35
“REVISTA Y HERALDO” PUBLICADA POR UMA SOCIEDADE SABÁTAICA 35
A IGREJA DE DEUS 43
HISTÓRIA DA IGREJA NO MÉXICO 47
HISTÓRIA DA IGREJA NO MÉXICO – CAPÍTULO I 48
A IGREJA, MEIO DE SALVAÇÃO 48
CARACTERÍSTICAS DA IGREJA QUE DEIXOU ESTABELECIDA 48
A HISTÓRIA DESDE 1900 EM DIANTE 49
HISTÓRIA DA IGREJA NO MÉXICO – CAPITULO II 50
UM QUARTEL GERAL 51
ANO DE NOMEAÇÕES 51
HISTÓRIA DA IGREJA NO MÉXICO – CAPITULO III 52
A IGREJA SE DIVIDE EM 1933 53
DESENVOLVE-SE A IGREJA DE DEUS DO RÁDIO 54
HISTÓRIA DA IGREJA NO MÉXICO – CAPÍTULO IV 55
SEGUNDA DÉCADA DO SÉCULO 55
HISTÓRIA DA IGREJA NO MÉXICO – CAPÍTULO V 57
TERCEIRA DÉCADA DO SÉCULO 57
HISTÓRIA DA IGREJA NO MÉXICO – CAPÍTULO VI 60
FIM DA TERCEIRA DÉCADA E PRINCÍPIO DA QUARTA 60
CONFERENCIA MEXICANA DA IGREJA DE DEUS 60
ADQUIRE A IGREJA UMA IMPRENSA 61
CHEGA AO MÉXICO O MINISTRO EZEQUIAS CAMPOS AGUILAR 63
HISTÓRIA DA IGREJA NO MÉXICO – CAPITULO VII 64
HISTÓRIA DA IGREJA NO MÉXICO – CAPITULO VIII 67
O DESENVOLVIMENTO DA IGREJA 67
SURGE UMA DIVISÃO 71
HISTÓRIA DA IGREJA NO MÉXICO – CAPÍTULO IX 71
HISTÓRIA DA IGREJA NO MÉXICO – CAPITULO X 73

Considera o que digo: e o Senhor te dê entendimento em tudo”.
(II Timóteo 2: 7)
A IGREJA

A HISTÓRIA da fé cristã, do tempo de Cristo até o presente, é a mais inspiradora ao saber quão eterna e inquebrantável realmente é.
Quando sabemos que a verdade sempre se levanta triunfalmente sobre seus inimigos no povo, antes que fique esmagada ou seja perdida; a esperança dos cristãos se faz mais forte e mais brilhante ao passar dos anos. A verdade triunfa sobre o erro; o bem, sobre o mal; a vida, sobre a morte; e ao final de nossa peregrinação—UM LAR “no fim de nosso caminho”.

Jesus profetizou que Sua Igreja, a qual comporiam os crentes da verdadeira fé, nunca seria extinta. Ao percorrer as cortinas da história neste estudo iremos descobrindo a existência contínua da verdadeira fé cristã, e possivelmente nos pareça mais surpreendente até a maneira de como veio registrando-se essa história e como se preservou.

“Os sábios e heróis da história nos procederam o bastante, e a história abrevia o registro de seus feitos na estreiteza de suas páginas. Mas o tempo transcorrido não tem poder no nome, feitos e palavras de Jesus Cristo…”Channing”.

A IGREJA NÃO PODE MORRER

“Sobre esta rocha edificarei minha igreja; e as portas do inferno*, não prevalecerão contra ela”. (Mateus 16:18) (*Inferno, traduzido do Grego “Hades” significa “tumba” ou “morte”)
“As portas da morte” não prevalecerão contra a igreja! Esta é uma passagem mais que inspiradora e profética, o qual sustenta ou joga por terra a veracidade de Jesus Cristo. Contém o ingrediente que impede o desespero, proporciona o valor com o qual os cristãos se levantam para empreender grandes empresas, cria os mártires, aqueles que gostosamente se expõem, sabendo embora lentamente que sobre seu sangue e moribundos corpos, a Igreja prosseguirá, e que não morrem em vão. Que desde cada rincão da terra aonde têm caído suas lágrimas e seus corpos se converteram em pó, ali se levantam centenas e centenas que proclamam a Ele, – O Salvador do mundo!

Porque a Igreja está construída sobre um Cristo vivente e não pode morrer, “Eis aqui, que já estou com vós para sempre, até o fim do mundo”(Mateus 28:20) Jesus veio tirar o temor da morte, e nos assegura a vida mais à frente. Notemos quão meigamente O mesmo explica a morte, “Nosso amigo Lázaro dorme; mas eu vou despertá-lo do sono”. (João 11:11).

“meus amigos: não temam dos que matam o corpo, e depois não têm mais o que fazer”. (Lucas12:4). Cristo vive para o verdadeiro cristão, e a morte não é mais que uma sombra passageira, “num momento, num abrir de olho, na trombeta final …seremos transformados…?Onde está, ó morte, seu aguilhão? Onde, ó sepulcro, sua vitória?..” (I Cor. 15: 52-55)

Com esta ardente esperança; desprezando o temor da morte, a Igreja vive! “ as portas do inferno e da morte, não podem prevalecer”. A Igreja um dia pode ser ameaçada pelo poder do inimigo, mas não morre (Graças a Deus), outro dia pode ser difamada e ferida na Casa de meus amigos”, pelos mesmos deles, aqueles que lhe traíram, e não obstante, continuará sendo, poderá ser atacada algum tempo por aqueles que a debilitam e a fazem mundana, e entretanto, sobreviverá por muito tempo depois que os que quiseram manchá-la se tenham ido. Pois haverá quem a cuide e chorem “ Entre o Pórtico e Altar”, e haverá inclusive quem tomando seus estandartes continuem a marcha!

Jesus disse assim, e nós cremos: “Porque onde estão dois ou três congregados em meu nome, ali estarei em meio deles”. (Mateus 18:20) Em João 15 e 16, também revela que Cristo estará com seus seguidores até o fim do tempo.

AS CHAVES, AS MARCAS E A HISTÓRIA

Devemos saber por meio deste esboço a quem deu Jesus as chaves do Reino, e o que representam essas chaves. A fim de encontrar a Igreja, necessitamos conhecer as marcas verazes, e identificá-la nesta forma por meio da história.

As Chaves: Jesus disse: “E a ti darei as chaves do reino dos céus…” (Mateus 16:19). A Igreja Católica diz que o que Jesus quis dizer com isso foi: “E a ti (e a teus sucessores) darei as chaves”.
A Igreja Católica sabe perfeitamente que Jesus não disse “e a teus sucessores”. Eles dizem que isso foi o que Jesus quis significar. Por isso dizem que “Fora da igreja (a deles) não há salvação”. Se isto for assim teremos que dar por feito que ao dar Jesus seu poder e autoridade aos homens, Ele não tem nenhum poder para julgar. Se é a igreja quem pode abrir e fechar as portas do reino, Jesus está excluído de dita prerrogativa e é incapaz de abrir e fechar as portas.

Recordemos que a frase “a seus sucessores” jamais foi sorte pelo Jesus nem por seus apóstolos, nem sequer uma só vez se encontra na Bíblia. Esta forma de raciocinar dos dirigentes católicos é uma falsidade. Em Feitos capítulo 15 temos a própria impressão de Pedro do privilégio de possuir as chaves. Durante uma discussão e disputa no concílio eclesiástico de Jerusalém sobre um ponto doutrinal, Pedro testificou simplesmente que Deus o tinha escolhido para ser um porta-voz, por meio de quem os gentis ouviriam e acreditariam no Evangelho. Notemos que Pedro não disse que Deus o havia escolhido como cabeça infalível da Igreja! Nem tampouco ousou dar por terminada a discussão dizendo que o que ele havia dito seria a última palavra. Em outra parte das Escrituras lemos que quando Pedro havia caído em um erro doutrinal, Paulo lhe repreendia com dureza pessoalmente.

Atribuiríamos a Pedro um poder o qual ele mesmo soube que não tinha? Pedro teve uma honra exclusiva por ter sido ele o primeiro que fez uso das chaves para a salvação.

As únicas chaves do reino de Deus, são o Evangelho da verdade, por meio do qual alcançamos a salvação. No Evangelho encontramos o arrependimento, a conversão, o batismo, etc., como chaves do reino. Pedro foi eleito para abrir formalmente a gloriosa “Era do Evangelho” e da Igreja cristã, abrindo as portas do reino aos Judeus no dia do Pentecostes (Atos 2:38), e mais tarde também aos Gentios na casa de Cornélio, (Atos 10:44-48).
Quando começa alguma coisa nova, ou quando se faz a dedicação de um novo edifício, geralmente há um só oficial encarregado daquele evento de inauguração. Assim o Evangelho foi iniciado e inaugurado formalmente, primeiro por Pedro, depois por todos os apóstolos e logo por todos os que cooperam nesta gloriosa obra por todo mundo. A porta para o reino de Deus está aberta agora, e todo aquele que ouve, que crê e obedece o Evangelho de verdade, pode entrar por meio do Espírito Santo. Em nenhuma parte da Bíblia diz que Pedro ou outros homens terrenos sejam juizes absolutos e donos do céu e da terra quanto à salvação do homem. Tampouco diz que todo aquele que Pedro exclua ficará fora. Em nenhuma forma podemos ter a impressão na Bíblia de que Jesus tenha legado todo o juízo aos homens.

As chaves do reino estão nas mãos de cada discípulo fiel que abre a Bíblia e ensina o caminho verdadeiro para a salvação, pelo qual todos os seres perdidos podem ser salvos. A gloriosa mensagem de salvação está sendo levada a todo mundo, abrindo as portas da verdade e desvanecendo as trevas. O Evangelho de Jesus Cristo será sempre “as chaves do Reino” para todos os que são chamados das trevas à luz admirável.

“É verdade que Cristo estará também conosco os que lhe buscamos, lhe amamos e cremos Nele e em seu Evangelho até o fim das dispensações.

É verdade que as portas do inferno não poderão destruir à Igreja. Enquanto haja homens haverá quem lhe ame (ao Senhor), quem guarde seus Mandamentos, e a Igreja então ficará constituída.

Tudo isto é verdade e muito confortante; mas isso não prova a infalibilidade a ninguém. O que Jesus realmente dizia é que nada prevalecerá contra a verdade, a qual seria preservada e continuada por aqueles que cressem e obedecessem a verdade de século em século. Para aqueles que amam a verdade, encontram-na exposta na Palavra de Deus. Os que a obedeçam viverão, os que a recusem não poderão obter vida eterna. Isso não significa infalibilidade, pois sempre haverá quem ame e protejam a verdade da Palavra de Deus. Com tanta certeza Jesus podia dizer, “As portas do inferno (a morte), não prevalecerão contra ela”. As portas da perseguição, da apostasia e do paganismo não poderão destruir à Igreja.

AS MARCAS DA IGREJA DE CRISTO

Nós podemos examinar e identificar “a cristandade apóstata” por meio de suas “marcas” de erro e doutrinas falsas, por meio da corrupção na Palavra de Deus, pela amalgamação do paganismo e a tradição com o “Cristianismo”. Assim também, para identificar a igreja pura, a Igreja de Deus, necessitamos identificá-la por suas marcas. A história revela sua existência por meio de suas marcas de identidade.

Quais são as marcas da verdade? “O dragão foi irado contra a mulher e foi fazer guerra contra os outros da semente dela, os quais guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”. (Apocalipse 12:17; 14:12, e 22:14).

A Igreja que buscamos deve ter as “marcas” da pureza (testemunho do Jesus), e a comparamos com “A Igreja de Deus” original estabelecida por Cristo e seus Apóstolos, (Atos 20:28). Deve ser comparável em credo e doutrina com o testemunho de Jesus, tal como se revela na Bíblia, e será observadora dos “Mandamentos de Deus”.

Não seria lógico esperar que em onde quer que se levantam grupos, e que muitos deles se apegam estritamente à Bíblia, fossem mais parecidos que discordantes, especialmente na verdade essencial? por que não? Pois eles lêem o mesmo “livro santo”. Portanto, embora sua mensagem chegue ao coração, não é surpreendente ver pela história várias vezes assentados estes fatos de grupos antagônicos uns dos outros, até possuindo “as marcas da verdade” que lhes identifiquem como o verdadeiro povo de Deus. Tampouco estas experiências são coisas do passado, se não que também sucedem no tempo presente.

Os atos que aqui relataremos referentes a perene existência da verdade de Deus, baseiam-se em volumosos registros históricos e investigações conscienciosas. Mas naturalmente nós só poderemos expor alguns brilhos dentro da história atual. O espaço nos permite somente reproduzir breves rasgos das gemas da história. Mas até fazendo desse modo, podemos estar seguros do especial cuidado para não selecionar uma cena remota que convenha só a nosso ponto de vista. Tudo o que aqui citamos, cada fato que relatamos, foi corroborado não só por um historiador remoto, mas sim por muitos, alguns dos quais eram realmente fortes inimigos da verdade, e entretanto, confirmaram os fatos.

Não é só um assunto de achar simplesmente uma evidência. Nosso problema maior foi fazer uma seleção de volumes de registros históricos que fossem recomendáveis para este propósito, quer dizer, confirmar a existência dos verdadeiros cristãos, aqueles que abrigaram e amaram a verdade, aqueles que nunca formaram par dos apóstatas que corromperam a religião (ou cristianismo romanizado).

A IGREJA CRISTÃ ORIGINAL (Primeiro Século)

A Igreja original, os cristãos do Primeiro Século, guardavam todos os Mandamentos de Deus, incluindo o Sétimo Dia, o Sábado, como o Dia de adoração e repouso. Isto se confirma em muitas histórias antigas em relação a este ponto. Isto mesmo foi admitido por algumas escola religiosas tão Protestantes como Católicas. Sempre existiu um povo que acreditou nos Dez Mandamentos como o estandarte do Evangelho. Sempre, em cada Século houve cristãos que acreditaram, observado e adorado no Sétimo Dia, como o Sábado do Senhor; sempre houve santos que tem crido nos simples mas nítidos princípios do Evangelho. A veracidade destes fatos podem traçar-se na história, entre vários grupos, como veremos neste documentário.

Data a existência de todos os Protestantes desde o tempo da Reforma? Se não houve “Protesto” à apostasia romana antes desse tempo, então devemos confessar que “as Portas do inferno” sim prevaleceram contra “A Igreja de Deus”; que a pureza da doutrina se perdeu por muitos séculos, e que o verdadeiro cristianismo ficou extinto pela “Grande apostasia”.

Não obstante, conforme à história, a pureza da doutrina não morreu, nem o verdadeiro cristianismo sucumbiu, embora isto custou milhares de vítimas que foram jogadas as “famintas bestas” da perseguição. Este zelo candente pela verdade acendeu novo fogo em milhares de corações, de quem só se refugiava nas preciosas promessas das Sagradas Escrituras.

A Igreja (a verdade entre o verdadeiro povo de Deus) nunca foi derrotada! Esta jamais foi devorada nem pelo paganismo nem pela apostasia, que foi a Igreja Romana.

Do Calvário a grande Reforma, a história desembrulha a grande cena de valor, de ousadia e drama que tenha sido escrita. Se a história do Israel no deserto possui um drama, que drama histórico de miríades e miríades que voluntariamente morrerem como mártires por causa de sua fidelidade a Cristo?

Se a história do Moisés, advogando pela causa dos Hebreus ante Faraó, até nos chama a atenção, a muitos chama a atenção o triunfo do Lutero ao cravar sua 95 tese nas portas da capela Ducal do Whittenburg (Alemanha), em 31 de Outubro de 1517, desatando-se ali uma tempestade que por ninguém pôde ser detida. Isto trouxe para seu cúmulo o penetrante poder do Papado, e automaticamente abriu as portas à liberdade religiosa.

Mas até temos coisas maiores que dizer que aquelas do Martin Lutero. Um século antes de seu tempo viveu Juan Huss, e cinqüenta anos antes de Huss, (150 anos antes de Lutero) viveu WYCLIF; e dois séculos antes de Lutero viveu WALTER LOLLARD, e mais três séculos antes de Lutero viveu Pedro Walde e antes de Walde, existiu a chamada “heresia” (aqueles que rechaçaram a Roma), o que o mesmo Papa chamava “A mais antiga heresia no mundo”.

Se o papado Romano que pretendeu ser “A Igreja mais antiga”, admite que antes dessa Igreja Católica existiu um grupo de crentes que eles pontuaram como “hereges”.

Também se há propagado um rumor moderno, de que “os católicos deram a Bíblia ao mundo” (Publicidade respaldada principalmente pelos Cavaleiros do Colombo, a Sociedade de homens católicos).

A história, entretanto, revela que a Igreja Católica “fechou a Bíblia..” ao mundo durante sua poderosa Supremacia, e excomungava ao homem que abrisse a Bíblia ante o mundo. Isto não é uma falsa acusação, tampouco se deve considerar como um ataque para os católicos sinceros, a quem lhes contou que a Igreja Católica “impulsiona a seus membros a ler a Bíblia”. A qual, conforme se diz, são eles os únicos capazes de interpretá-la retamente.
Nota: Em cara muito residente, uma denominação Protestante destacada reportou uma terrível perseguição na América do Sul, aonde seus missionários tinham ido a “território católico”, distribuindo Bíblias e pregando ao povo. A Igreja Católica os seguiu passo a passo até entrar nas casas daqueles homem para arrebatar todas as Bíblias Protestantes e fez uma terrível “Queima de Bíblias”. (Ref. Christian Life Magazine, Chicato, I11).

AS SANTAS ESCRITURAS PRESERVADAS PELO POVO SANTO

A história claramente revela que as Escrituras foram preservadas em sua pureza pelo povo verdadeiro (a Igreja), um povo potente em seu credo, que o Papa viu necessário assinalá-los como “hereges”, e como “a mais antiga heresia no mundo”. Se mostrará isto em algumas entrevistas históricas pouco mais adiante.

A PERSEGUIÇÃO PAGÃ SEGUIDA PELA PERSEGUIÇÃO DA “IGREJA”

“E viu o dragão que ele tinha sido lançado à terra, perseguiu à mulher que tinha dado à luz a um filho varão. E foram dadas à mulher duas asas de águia, para que da presença da serpente voasse ao deserto, a seu lugar onde Es mantida por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo. E a serpente lançou da sua boca água como um rio atrás da mulher, a fim de fazer que fosse arrebatada do rio. E a terra ajudou à mulher, e a terra abriu sua boca, e absorveu o rio que o dragão tinha arremessado de sua boca. Então o dragão foi irado contra a mulher; e foi fazer guerra contra os outros da semente dela, os quais guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho do Jesus Cristo”. (Apocalipse 12:13-17).

A Bíblia usa símbolos ao falar de poderes terrestres, que predizem muitos eventos, com o fim de ajudar a ilustrar ditos acontecimentos e poderes, e proteger as Escrituras de ataques desnecessários. Se tem feito muitos esforços para destruir este Livro.

Muito maior tinha sido a perseguição para os que amaram as Escrituras, se estes poderes ímpios tivessem sido nomeados literalmente! Entretanto, as chaves de interpretação destes símbolos se acham na mesma Bíblia, para que aquele leitor devoto da Bíblia pudesse entender a Mensagem do Senhor.

Cremos que não só é adaptável, se não muito importante especificar aqui a interpretação cristã geralmente aceita dos símbolos mencionados no verso anterior, olhando que está em relação com o tema que temos sob consideração, e que nos ajudará a compreender melhor as coisas que aconteceram na Igreja Cristã através dos séculos.

O povo de Dois nunca foi tomado por surpresa. Nada lhe acontece ao povo de Deus mais que aquilo para o qual foi pré advertido de Deus.
Aqui estão então brevemente os símbolos de Apocalipse 12 e sua interpretação.

Dragão: (Verso 3, “dragão vermelho”) Roxo ou vermelho indica a crueldade e o sangrento. Cristo, El Salvador, Es considerado aqui como o “filho” que o dragão estava pronto para devorar. Herodes representa o Poder Romano que então governava ao mundo, o qual levou a cabo a crucificação. Roma era o único poder que podia simbolizar-se nestas profecias, por razão de que seu domínio nesse tempo era universal, e por vários séculos foi o poder supremo mundial, tempo em que o “cristianismo” foi perseguido em grande escala. A figura de um dragão vermelho foi um dos principais estandartes dos exércitos romanos. O “Dragão” desde tempos muito antigos se há usado para representar o “dragão do pecado”, (serpente, diabo, satanás), o “anticristo”, os poderes perseguidores e às vezes “governantes específicos”.
Mulher: É interpretada geralmente como “um emblema da Igreja de Deus sobre a terra, da qual provém o Messias, o Rei destinado para este mundo”. (Comentários de Irwin) (Miquéias 4:10; Gálatas 4:26; Efésios 5:22,23; 2ª Coríntios 11:2) Uma mulher depravada representa a apostasia e uma igreja corrupta, (Ezequiel 23:2-4; Apocalipse 17:3-6,15,16) (Igreja: “Israel de Deus” ou povo).

Deserto: Indica que a verdadeira igreja estaria escondida e sofrendo mas preservada por Deus.

Tempo e tempos: Tempo, tempos e a metade de um tempo” está considerado exatamente igual a “mil duzentos e sessenta dias”, do Daniel 7:25. Tempo, um ano; tempos, dois anos, meio tempo, seis meses. Estes três anos e meio cobrem um período de 1260 dias, que profeticamente são 1260 anos (Veja Ezequiel 4:6; Números 14:34). No terreno profético um dia se toma por um ano. A palavra hebréia dia é “yom”, e algumas vezes “Yamin”, que significam também dia e ano.

Inundar: “Rio” (ou “corrente”, Versão Revisão), Es o símbolo antigo de um exército invasor, (Isaías 8:7,8). Em Apocalipse 12:15 representa a perseguição contra a Igreja de tempo em tempo, mas libertada pela providência poderosa de Deus. A grande corrente de perseguição, durante a qual milhões de crentes fiéis foram destruídos, ou pôde extinguir por inteiro à Igreja. Esta “corrente de perseguição” foi arrojado pela religião apóstata e os poderes civis pagãos impulsionados pelo “dragão” ou “espírito de Satanás”.

A terra Ajudou à mulher: Indica as diversas maneiras pelas quais Deus “livrou à mulher e Igreja”, salvando-a da destruição durante sua experiência no deserto. “A terra abriu sua boca e tragou o rio” (V.R.), ou seja que a corrente de perseguição do poderio Papal foi desvanecido ao manifestar-se a Reforma; o terreno (e terra) Protestante ajudou. Ali foi a aurora da Liberdade religiosa, a qual jogou por terra a perseguição do poder papal.

A MAS ANTIGA FÉ E A REFORMA PROTESTANTE

Deve traçar-se uma linha de completa distinção entre a Reforma Protestante e os povos cristãos não conformados. Se disséssemos que não houve “protesto” a grande apostasia da Igreja Romana, e que não houve defesa para a verdadeira fé por vários séculos antes da Reforma, teríamos que admitir duas coisas: (1) Que a verdadeira Igreja de Deus ficou extinta durante muitos séculos, (2) e, por outro lado, sustentaríamos que a Igreja Católica foi a Igreja verdadeira durante o tempo antes da Reforma. Não podemos admitir estes dois conceitos, já que temos os registros da existência de quem resistiu a doutrina de Roma em cada século. A resistência deste “Povo santo” foi tão poderosa ao grau que o Poderio romano teve que manter uma “incessante” guerra de perseguição contra eles!

A “Reforma Protestante representou um grupo e grupos salientes da e da Igreja Romana”. Representou uma “separação” de toda classe de gente do Catolicismo. Representou um “sismo” e divisão interior na Igreja Católica e a organização das igrejas reformadas que posteriormente se chamaram “Protestantes” e que tinham estado filiadas à igreja conhecida como A Igreja Católica Romana.

Longe, muito longe completamente de todas estas atividades estava o grande corpo de fiéis cristãos, que até eram perseguidos, e que representavam “a mais antiga fé, pureza e doutrina cristã”, os quais nunca foram parte da Igreja Católica Romana. Estes sempre protestaram contra a Igreja Apóstata desde os primeiros séculos, até os dias primitivos. Estes eram “A Igreja do Deus vivente”.

Entretanto, os atribuíam vários nomes, incluindo o de “hereges”. Estes foram os que em cada século se mantiveram unicamente na PALAVRA DE DEUS, individualmente e por grupos.

A fortaleza de sua fé e sua resignada persistência se encontra confirmada na sem igual perseguição que continuou sem diminuir desde antes e depois de que a Reforma começou.

Seus mesmos perseguidores declararam que pela virtude e a verdade que os tais proclamavam, foram “os inimigos mais perigosos da Igreja Oficial do Estado”, As teorias do Purgatório, a Intercessão dos Santos, o uso das imagens nunca puderam prevalecer ante os ensinos bíblicos que aqueles cristãos praticavam. Opunham-se completamente às muitas perversões que a Igreja do Estado fez do Evangelho. Foram singelos em seu credo e puros em sua MANEIRA DE VIVER.

HISTÓRIA DOS VERDADEIROS SEGUIDORES DE CRISTO

Reproduziremos aqui alguns fragmentos “seletos” da história para confirmar o que já foi dito, e revelando um testemunho adicional e informativo, sem perder de vista de que estes fragmentos são simplesmente uma fração informativa da história disponível; o que fica aqui reproduzido, entretanto, nos proporciona conclusões gerais de todo o testemunho.

Devemos agradecer aqui ao autor histórico A.H. Lewis (um observador do Sétimo dia), e sua “História do sábado e do domingo”, que consiste na compilação de um sem número de partes históricas de Bibliotecas de todo o mundo (Exemplo: América, Inglaterra, Europa, Egito, etc.), e por seus vinte anos de investigação e sua laboriosa tarefa que realizou dentro de sua obra. Seu livro se publicou no ano de 1886, e muitas porções históricas foram tiradas de edições originais, as que depois foram revisadas e sofreram sérias omissões. Assim então, o valor da obra do senhor Lewis é sobre estimado, por ter revelado feitos e evidências históricas que a muitos “historiadores modernos” tivesse gostado que tivessem sido destruídas.
Outra fonte de informação dos registros históricos proporcionados pela Igreja de Deus, do Sétimo Dia, de suas primeiras publicações e a compilação que tem feito dos acontecimentos históricos. Em adição a tudo isto, lançamos mão de várias Enciclopédias, histórias, dicionários e comentários, que por seu número é óbvio mencioná-los, e, que entretanto, se citarão à medida que vamos mencionando.

CARACTERÍSTICAS DO POVO SANTO QUE “GUARDA A FÉ”

Alguns dos grupos cristãos, hostilizados e perseguidos com o afã de lhes desvanecer durante “os séculos obscuros”, foram chamados por diferentes nomes freqüentemente por seus inimigos, tais como Vaudoistas* (Vaudois: Habitantes dos Vales), Catharitas, Nazarenos, Corintianos, Hypsistarios, Albigenses, Valdenses,

Inzabbatistas, Sabatinos, Lolaristas, hereges, etc. Mas conforme ao testemunho deles, entretanto, estavam estritamente unidos a Bíblia e à fé da “Igreja do Deus vivente”, que uma vez foi dada aos Santos.

“Aqueles que visitaram seus pequenos recintos de reunião reportaram não ter encontrado imagens nem cerimônias romanas; e que eram estritos observadores do Sábado e instruíam a seus fiéis nos artigos da fé cristã e os Mandamentos de Deus; praticavam o batismo por imersão e celebravam anualmente a Ceia do Senhor, e outros muitos pontos fundamentais da Bíblia. Embora estes grupos viviam pulverizados pela perseguição, tinham, entretanto, uma coisa em comum: que estavam ligados em comum pela pureza e a simplicidade do Evangelho. A Bíblia era seu guia único, consideravam-na fundamental em toda matéria de doutrina.

Seu culto a maioria do tempo era em secreto; pois continuamente tinham que proteger-se escondendo-se nas covas e cavernas da terra. Sua história ficou escrita apesar de que foram perseguidos de Estado em Estado. Os rastros mais evidentes de sua existência são suas perseguições, pelas quais tiveram que emigrar a outros países – Alemanha, França, Inglaterra e outros lugares. Cada grupo ia fazendo aderentes por onde quer que iam. Eram conhecidos por diferentes nomes por razões naturais. Chamavam-lhes, por exemplo, Vaudois (Habitantes dos Vales) porque as circunstâncias lhes obrigavam a viver no isolamento, no deserto.

Dean Waddington nos dá o seguinte testemunho: “..Rainer Sacho, um sacerdote Dominicano, diz dos Valdenses: “Não há seita tão perigosa como os Leonistas (hereges, chamados Valdenses mais tarde), por estas três razões: Primeira, porque é a seita mais antiga; alguns dizem que é tão velha que data dos dias de Silvestre, outros dizem que data dos dias dos apóstolos. Segunda, acha-se disseminada por todas as parte (não está confinada a um só lugar); não há país aonde não tenham aderentes. E terceira, porque enquanto outras seitas são profanas e blasfemas, esta manifesta um supremo grau de piedade; vivem piamente diante dos homens, e nada crêem com respeito a Deus que não seja bom”.

“Este mesmo escritor, Sacho, admite que aqueles fiéis floresceram quando menos, quinhentos anos antes do tempo de Pedro Waldo.

Gretzer, o Jesuíta que escreveu contra eles, também aceita sua enorme antigüidade, Grantz, em sua “História dos irmãos unidos”, fala desses cristãos nas seguintes palavras:

“Estes antigos cristãos datam sua origem dos princípios do Quarto século, quando Lee, durante a grande revolução religiosa sob o Constantino o Grande, opôs-se às inovações de Silvestre, bispo de Roma. Nay, Rieger, vai mais longe ainda, pois os considera como o remanescente do povo Dos Vales, os quais, como se há dito, quando o apóstolo Paulo fez sua viagem pelos Alpes a Espanha, foram convertidos a Cristo”.

O anticristo, na forma de Papado, jamais pôde tirar o sábado completamente de seus domínios. Há muito o que dizer sobre este caso além das evidências que já se em dado, o qual mostra que enquanto a Igreja Romanizada ia expulsando gradualmente o Sábado do corpo “ortodoxo”, aqueles que eram fiéis à Lei de Deus e às práticas da Igreja Apostólica, mantinham-se firmes sem lhes importar a excomunhão à perseguição.

Os defensores do Sábado existiram baixo diferentes nomes e formas de organização, do tempo do Primeira Papa até o tempo da Reforma. Estes eram os descendentes que fugiram das prévias perseguições pagãs do tempo de Constantino, e foram aqueles quem, quando este começou a governar a Igreja e a forçar ao povo naquelas falsas práticas, recusaram submeter-se a aquela ordem, procurando isolar-se para sentir-se livre na adoração de Deus. Foram-se aos desertos, aos Alpes e a seus arredores. Em sua primeira história foram conhecidos como Nazarenos, Cerintianos, Hypsistarios, e mais tarde como Vaudeistas, Catharitas, Toulousianos, Albigenses, Petrobrusianos, Passaguitas (Passagii), e Valdenses. Falaremos em geral deste último nome.

Aqueles cristãos acreditavam que a Igreja de Roma era o anticristo do qual se fala no Novo Testamento. Suas doutrinas comparativamente eram puras e em conformidade com as Sagradas Escrituras, e suas vidas eram santas, em contraste com a corrupção eclesiástica que os rodeava. A Igreja dominante os perseguia por onde queria.

Devido a esta oposição sem escrúpulos, é difícil conhecer todos os trechos em relação a eles, posto que a única relação que chegou a nós foi de mãos de seus inimigos, em certa forma torcida e deformada. Antes da era da imprensa, seus livros foram poucos, e de tempo em tempo eram destruídos por seus perseguidores, portanto só fragmentos se conservam de seus escritos. E no começo do século XII estes tinham aumentado em poder e em número ao grau que provocaram uma séria oposição e uma sangrenta perseguição do poder Papal. Isto e o fomento de facilidades para a preservação da história, deu-lhes um lugar proeminente nos anais da igreja e suas reformas desde esse tempo.

Seus inimigos os lançaram falsas e inconcebíveis acusações respeito a sua doutrina e suas práticas, mas todos convergem em que os tais rechaçavam a doutrina da “autoridade da Igreja”, e iam à Bíblia como sua única regra de fé e prática. Aqueles cristãos condenavam a usurpação, a mundanidade e imoralidade da hierarquia romana, assim como as inovações, a pompa e a formalidade. Se sua estreita adesão à Palavra de Deus os impulsionava a adotar medidas extremas, isto não é surpreendente, pois ainda seus mais fortes inimigos não o negaram, ao contrário, dão conta da excelente moral e santidade daqueles fiéis, tão adiantada para a época que viviam e o ambiente que lhes rodeava.
Há três fontes de provas que demonstram que estes defensores, como uma classe, eram observadores do Sábado.

O argumento a priori se fundava nos fatos seguintes, os quais se confirmam pelas citações subseqüentes: Aceitavam a Bíblia como a única norma, estavam bastante familiarizados com o Antigo Testamento e o tinham em grande estima. Não reconheciam nenhum costume e doutrina que não tivesse sido estabelecida antes da ascensão de Cristo. Tal povo deve ter rechaçado aquelas festividades que a Igreja tinha determinado, e observavam o dia Sábado. Mas há um testemunho direto que mostra sua antigüidade, o relevo de seu caráter moral e a piedade como guardadores do Sábado. É pertinente fazer um prefácio como o que segue, destas citações, da pluma do Senhor Benedicto, pelo qual se mostrará que é assim como um milagre que a informação concernente a eles tenha chegado até o tempo presente.

“No século treze, segundo os eventos cronológicos de historiadores católicos, todos os que falam dos Valdenses em forma de queixa ou de recriminação, dão testemunho de que tinham fundado igrejas individuais, e que se estenderam pelas colônias da Itália, Espanha, Alemanha, os Países Baixos, Boêmia, Polônia, Lituânia, Albânia, Lombardia, Milão, Romênia, Vicencia, Florência, Velepenetino, Constantinopla, Filadelfia, Eslavonia, Bulgária, Diognicia, Livonia, Sarmacia, Croácia, Dalmacia, Briton e Piamonte”.

Não se pretende sustentar que houve uma perfeita convergência em todos sentidos entre todas aquelas diferentes congregações de vários lugares. O ponto fundamental em que convinham era na rejeição da hierarquia romana, apelando à Bíblia como sua única norma de fé e prática, e isto é inegável. Os testemunhos seguintes nos mostrarão sobre este respeito o que eles eram. Aliix fala da seguinte maneira: “Eles podem dizer de memória uma grande parte do Antigo e Novo Testamento. Esses desprezam os decretos e ditos de homens santos, e se apegam unicamente ao texto das Escrituras”. “..Dizem que a doutrina de Cristo e de seus apóstolos é suficiente para a salvação, sem estatutos nem ordenanças de nenhuma igreja. Que as tradições da igreja não são melhores que as tradições dos Fariseus; que se faz mais insistência nas tradições humanas que na observância da Lei de Deus. “Por que invalidam a lei de Deus por suas tradições?” Estes condenam todos os costumes da igreja aprovadas que não se acham no Evangelho, tais como a observância da festa da Purificação da Virgem Maria, o Domingo de Ramos, a reconciliação de penitentes, a adoração da cruz na Sexta-feira Santa. Estes rechaçam a festa da Páscoa de Ressurreição, e todos os demais festivais de Cristo e seus Santos, porque estão sendo multiplicados a um grande número, e dizem que tão bom é um dia como outro, e trabalham nos dias santos sem tomá-los em conta..” “..Eles declaram ser os sucessores dos apóstolos, e ter autoridade apostólica, e possuir as chaves para abrir e fechar. Estes têm à Igreja Católica na qualidade da rameira de Babilônia, e que todos os que a obedecem estão sob condenação, especialmente os clérigos que se acham sujeitos a ela do tempo do Papa Silvestre.” “.. Sustentam também que nenhuma das ordenanças da igreja, introduzidas depois da ascensão de Cristo, devem ser observadas porque não têm nenhum valor. As festas, jejuns, ordens, benções, ofícios da igreja e coisas pelo estilo, rechaçam-nas rotundamente”. (History of Baptista, P. 31).

Isto se disse deles em Boêmia. Tão remoto como o tempo de Erasmo estes boêmios continuaram observando o Sábado estritamente, como se verá pelo seguinte parágrafo.

Um velho historiador, Alemão, John Sleidan, falando de uma seita de Boêmia chamada “Picardos”, diz: “..Eles não aceitam nada mais que a Bíblia. Eles elegem seus próprios bispos, não negam a ninguém o matrimônio, não exercem nenhum ofício para os mortos, e tem só uns quantos dias festivos e não têm cerimônias..”

Este é o mesmo povo a que se refere Erasmo, apresentando-os como extremamente estritos na observância do Sábado. Roberto Cox, em sua “Literatura Sabática”, citando a Erasmo comenta da maneira seguinte: “Com referência à origem desta seita, encontro em um parágrafo de Erasmo que escreveu muito antes do tempo da Reforma, dizendo que haviam sabatistas em Boêmia, que não só observavam o sétimo dia, mas sim eram completamente escrupulosos no descanso neste dia..”

Jones, citando a história de Perrin, Primeiro Livro, capítulo 5, sobre os Vaudoistas (Valdenses), diz: “À exceção de sua heresia, aquele povo vivia geralmente uma vida mais pura que os cristãos. Jamais juram, a menos que os obriguem, e raramente tomam o nome de Deus em vão. Cumprem suas promessas muito pontualmente, e a maioria deles vivem na pobreza, professam preservar a vida e a doutrina apostólica, professam que seu desejo é vencer pela simplicidade de sua fé, pela pureza de consciência e pela integridade da vida, e não por pequenas filosofias, nem sutilezas teológicas”. Aos mesmo ele candidamente admite que “em suas vidas e sua moral são perfeitos, sem reprovação entre os homens, desejando com todo o poder de sua alma a observância dos mandamentos de Deus. Lielenstenius, um sacerdote dominicano, falando dos Valdenses de Boêmia, diz: “Eu digo que em moral e vida eles são bons, verazes em suas palavras, unânimes em seu amor fraternal, mas sua fé é incorrigível e vil, como o demonstrado em meu tratado..” Luiz XII, rei da França tendo sido informado pelos inimigos dos Valdenses que habitavam parte da província da Provenza, de atrozes crimes que lhes atribuíam, enviou ao chefe de petições, e a certo doutor da Sorbona, que era o confessor de sua majestade, para fazer uma investigação a esse respeito. A sua volta informaram que tinham visitado todos os recintos aonde moravam e aqueles aonde adoravam, lhes inspecionando minuciosamente, e não tinham encontrado imagens, nem sinais de ornamentos pertencentes à missa, nem a nenhuma das cerimônias da Igreja de Roma; muito menos puderam descobrir nenhuma sombra dos crimes de que lhes acusava. Pelo contrário, descobriram que guardavam o dia Sábado, que observavam a ordenança do batismo de acordo à Igreja Primitiva, e instruíam a seus filhos nos artigos da fé cristã e nos Mandamentos de Deus”.

“Alguns dos escritores papistas dizem que esse povo nunca se sujeitou à Igreja de Roma. Um dos escritores do Papa, falando dos Valdenses, diz: – A heresia dos Valdenses é a mais antiga no mundo. Supõe-se que este povo esteve primeiro no deserto, em algum lugar secreto entre as montanhas, para esconder-se da severidade da perseguição pagã, que teve lugar antes de Constantino o Grande, e desta maneira a mulher fugiu ao deserto da presença da serpente. Apoc. 12:6-14.

E tendo estabelecido-se ali este povo, sua posteridade continuou assim de geração em geração; e estando como estavam, separados do mundo, tanto pelas muralhas naturais, como pela graça de Deus, nunca participaram da corrupção que superabundava. ”..Teodoro Balvedere, um monge papista, diz que a heresia esteve sempre nos vales. No prefácio da Bíblia francesa os tradutores dizem que eles (os Valdenses) sempre tiveram o gozo completo da verdade celestial que contêm as Santas Escrituras, desde que as aceitaram como norma de fé e conduta, levada a eles pelos apóstolos, tendo preservado os manuscritos em completa pureza, e logo conservando a Bíblia inteira em sua língua natal de geração em geração”. (History of Redentionp, pp 293, 294).

A LINHAGEM DOS FIÉIS CONTÍNUOS

Não há trajetos que una como pontes da existência da verdadeira fé, pureza e doutrina. Havia uma contínua e inflexível “heresia” (assim chamada), como foi admitido por seus inimigos em cada século. Quanto a sua força e numero, um só feito revela que não era uma coisa medíocre, mas sim esta era “a mulher no deserto“, amada e protegida pelo Senhor Jesus Cristo.

A ação da “heresia” era embaraçosa para a grande “besta” (Poder Romano), e que podia atormentar à besta por sua pacífica existência, é prova suficiente de sua fortaleza, sem saber com precisão seu número. Aqueles que foram martirizados representavam só uma percentagem dos que tinham escapado e tantos como 100.000 morreram em um só sítio. estima-se que 3.000.000 pereceram nos três primeiros séculos da era Cristã; só podemos adivinhar o número de mártires pela fé, quando a perseguição chegou a ser mais crua e mais poderosa sob a Roma Papal.
Sim, dizemos que o verdadeiro protestantismo existiu em muita gente muito antes da grande reforma; quando Jesus disse que “as portas do inferno não prevalecerão”, significou o caminho manchado de sangue dos seus, e ver que a “mulher” não seria vencida. Como ele tinha estado com Israel no deserto (Atos 7:38), assim Ele estaria com sua igreja no Novo Testamento em sua experiência no deserto, “porque bebiam da pedra espiritual que os seguia, e a pedra era Cristo”. (I Cor. 10:4).

Por causa dos decretos de Roma contra eles, e à falta de liberdade religiosa, aqueles cristãos adoravam em segredo, sem o intento de sentir alguma aversão contra seus inimigos. Não foram o suficiente valentes para “testificar de Cristo”?. Não podiam pregar o evangelho pelas ruas da cidade. Viviam como nômades (Hebreus 11:38) nos vales, bosques, cavernas e montanhas, mas, entretanto, ganhavam por milhares almas para Cristo! E pelos métodos modernos comparativamente que explicamos agora, mas sim por seu “testemunho silencioso”, ao ser tomados e jogados as feras nas arenas e queimados nos postes. Ao devorar seus corpos aquelas chamas e ao ver sua disposição para morrer muitos eram convertidos, muitos mais que os que podiam ser ganhos por um sermão eloqüente.

Mas houve, entretanto, alguns que, como os profetas do antigo o Israel, atreveram-se a ser valentes, tão valentes assim que a história os registra. Sua audácia fortalecia os corações do sofrido sem número de fiéis, isto preparou o terreno do qual brotou a Reforma Protestante.

Entre aqueles valentes se encontravam os homens proeminentes que viveram precisamente em séculos anteriores à rebelião de Lutero: Walter Lollard (1315, D. do C.), Juan Wyclif (que morreu em 1384 D. de C.) e a Juan Huss (que morreu no ano de 1415 D. de C.). É conveniente para este estudo jogar um olhar a suas atividades.

WYCLIF, HUS E OS LOLLARDITAS

Enquanto que Martin Lutero realizou a Reforma “desde dentro” da IGREJA DE ROMA, jamais poderíamos barrar da história a contínua oposição à apostasia dos hostilizados “santos dos séculos”. Entretanto, é fácil confundir os dois tipos de oposição. A primeira, por aqueles que tinham existido sempre aos quais lhes chamavam “hereges”, e a Segunda, a rebelião que se levantou de dentro da Igreja de Roma. O Novo Testamento fala dos “hereges” como aqueles que “se desviam da verdade”. Isso é efetivamente um herege, do ponto de vista bíblico, mas é fácil “era como aqueles homens e igrejas usariam dito termo querendo cobrir com isso sua própria culpa e acusando a seus opositores. A Igreja de Roma, ao possuir poder e prestígio, e pretendendo ostentar a autoridade divina, chamou hereges a quem rechaçou sujeitar-se a sua vontade. Não pode duvidar-se que houve entre estes hereges pessoas sem escrúpulos, indesejáveis e depravadas; mas o Papado incluía entre todos estes a “aqueles dos quais o mundo era digno” (Hebreus 11:38) e isto tampouco se pode duvidar. Os cristãos verdadeiros, desde os tempos primitivos dos apóstolos, aqueles que não estiveram dispostos a deixar a pureza das Escrituras, foram assinalados como “os mais perigosos inimigos da Igreja (de Roma)”.

Aparece nos melhores registros que Juan Wyclif e Juan Huss jamais estiveram conectados com o tipo e Reforma como os estiveram Martin Lutero e outros. Martin Lutero originalmente era Católico Romano e monge papal, e tratou de todo coração e com todas suas emoções tirar os radicalismos de sua consciência dentro da religião Católica, mas finalmente se convenceu de que devia defender algumas verdades. Seus primeiros planos e esperanças foram “realizar uma reforma dentro da Igreja” mas não separar-se, mas topando-se com um muro inquebrável se viu obrigado a abandonar a Igreja. A Igreja não queria que ele se separasse, e trataram por todos os meios de que Lutero se retratasse. Sua negativa lhe causou a “excomunhão”. Martin Lutero certamente deve ter tido alguma suspeita do significante de sua empresa ao cravar suas 95 tese em 31 de Outubro de 1517 (diferenças doutrinais com a Igreja de Roma).

Não obstante, devemos ter em mente que Juan Wyclif e Juan Huss demonstraram sua potente oposição ao Papado MAS DE UM SÉCULO ANTES DO TEMPO DE MARTIN LUTERO.

Consideramos que a seguinte evidencia mostrará que, diferentemente de Lutero, eles “não saíram” da Igreja Católica Romana, mas sim sua origem o tiveram entre aquelas seitas (assim chamadas) hereges, os cristãos que sempre haviam estado em oposição à corrupção da religião Romana.

A seguinte seqüência de testemunhos históricos tirará a luz estas conclusões evidentes: Que Huss descendeu de entre os Lollarditas, de quem, em troca, pode achar uma delineada conexão com os “Valdenses”, não se pode negar. Que os Valdenses descenderam diretamente dos verdadeiros cristãos, cuja existência se vê desde o começo, século após século, tampouco pode ser refutável. Mas é necessário abreviar este estudo quanto seja possível, mas manter fixas nossas mentes nos fatos da história.

“Os Valdenses eram muito antigos, sua prática e crenças datam desde o ano 300 de nossa era; mais antigos até que o mímico Pedro Waldo, o rico comerciante de Lión”. – Sismondi History of he Crusades against Albigenses, London, England, (História das Cruzadas contra os Albigenses, por Sismondi, Londres, Inglaterra).

“Quanto aos Valdenses, permito-me chamá-los a mesma semente da primitiva e mais pura Igreja Cristã… e quanto a sua religião, eles jamais se aderiram às superstições papais.” Idem. Pp 263, 264.

UM DECRETO CONTRA OS HEREGES

“Nós, A IGREJA ROMANA, … ordenamos e exigimos que os Valdenses, Sabatistas, a quem os chama “os pobres do Lión, e todos outros hereges que não podem ser enumerados, sejam excomungados da Santa Igreja… e saiam fora de nosso Reino e de todos nossos domínios. Todos os que, de agora em diante intentem receber aos mencionados Valdenses Sabatinos, e alguns outros hereges de qualquer profissão, dentro de suas casas, ou assistir a seus perniciosos cultos, ou os dêem mantimentos, ou os favoreçam de alguma maneira, incorrerão na indignação do Deus Todo-poderoso”. Fom Jones’ Church History (Copiado da História da Igreja por Jones), Diretório de Inquisidores, “Decreto do Ildefonso, ano 1194 D. de C.)

PERSEGUIÇÃO

“Estamos obrigados justamente aqui a vindicar a pretensão que este povo (os Valdenses) fez ao honorável caráter da “Igreja de Deus”. Nos tempos de grande decadência, tudo o que é guiado pelo Espírito de Deus para reviver a verdadeira religião, expõe-se irremissivelmente aos denigrantes cargos de arrogância, de falta de caridade e o prejuízo…
“Lutero, falando daquele povo santo, confessa que tinha tido prejuízos contra eles, e testificou que havia entendido por suas confissões e seus escritos que tinham sido expertos no uso das escrituras PELAS IDADES. E se gozava dando graça a Deus,

porque havia obtido que os povos “Reformados” e os “Valdenses” se vissem como irmãos. Segundo a confissão geral dos Romanistas, parecia que aqueles protestantes e os Valdenses tinham os mesmos princípios.”

DESDE BOÊMIA

“As igrejas de Piamonte (Valdenses), eram consideradas, entretanto, por sua enorme antigüidade, como guiadoras das demais… desde as fronteiras da Espanha, por toda a maior parte do Sul da França, entre os Alpes, com o passar do Rhin por ambos os lados, e até em Boêmia, milhares de almas piedosas se olhavam suportando a perseguição pela causa cristã, contra quem a malignidade não pôde dizer mais, à exceção daquilo que os homens murmuravam, mas que era uma satisfação para os cristãos. Os homens se distinguem por suas virtudes, e lhes odeia por sua vida de santidade. Esta era a confissão que seus perseguidores faziam e meio de suspiros, e por essas virtudes lhes teve como OS MAS PERIGOSOS INIMIGOS DA IGREJA. Mas de qual Igreja? Daquela que no século trocou, e muito antes ainda, tinha demonstrado ser ANTI-CRISTÔ. Townsend’s Abridgment, Lewis. (Compendio Townsend de Lewis).

VALDENSES E LOLLARDOS

“Havia numerosas sociedades neste século, que sofriam extremamente pela mão de ferro daquele poder. Entre todos estes, os Valdenses, algumas vezes também chamados Lollardos e Lollarditas como brincadeira, pareciam distinguir-se perfeitamente por sua piedade sólida, por seu puro juízo das Escrituras, e por suas práticas de santidade…” Townsend’s Abridgment. (Compêndio de Townsend).

“Dentre os Boghardes, ou Picardos, em 1315, levantou-se um inteligente e ousado mestre, de nome Walter Lollard, o mesmo que chegou a ser um eminente pastor entre eles, e de quem os Valdenses tomaram o nome, ou foram chamados Lollardos ou Lollarditas… Moreland assegura que este tinha grande ascendência entre os Valdenses depois de ter levado suas DOUTRINAS a Inglaterra, aonde os tais predominaram sobre o reino… Walter Lollard guardava estreita unidade em pontos de fé e doutrina com os Valdenses”. Orchard, Baptist History (História Batista de Orchard).

“Os Lollarditas, foi um nome que se conheceu nos Países Baixos no século quatorze, cujo nome nesse século e no seguinte se aplicou discriminatoriamente e com um gesto de desdém às diferentes seitas que a Igreja Católica Romana julgava como hereges. Muitas explicações se deram da derivação deste nome, mas qualquer que tenha sido a origem, este foi bastante conhecido na Inglaterra a fins do século XIV, quando foi aplicado aos seguidores de Wyclif”. Enciclopédia americana. Art. Lollards.

WYCLIF E HUSS

“Os monarcas da Europa aproveitaram as divisões dentro da Igreja (de Roma…) e do cisma do Ocidente para fortalecer sua posição. Quanto aos hereges, aqueles cristãos que não aceitavam os ensinos da Igreja (Romana) tornaram-se mais audazes que antes.

“Um dos hereges mais famoso foi o inglês Juan Wyclif, ou Wycliffe (que morreu em 1384 D. de C.). Wyclif criticava muitas das doutrinas da Igreja, e se fez do lado do Estado, em muitas questões contra a Igreja. Seus seguidores foram chamados e conhecidos como os Lollards (palavra do Holandês que significa um que murmura suas orações). O lollardismo obteve sua altura maior cerca de 1400; sustentavam-no quase todas as classes da sociedade. Foi extirpado da Inglaterra por 1417, pelo grande esforço de três reis Ingleses – Ricardo II, Enrique IV, e Enrique V.

“A heresia Lollardista foi acolhida com grande entusiasmo em Boêmia, o Estado Eslávico que lhe empurrou até o coração da Alemanha como um enorme punhal. Os escritos do Wyclif eram lidos com ânsia. Seu discípulo mais adiantado foi Juan Huss, ou Hus, e este também adquiriu um grande número de seguidores que foram conhecidos como “Hussistas”. Huss foi julgado, condenado e queimado em um poste como herege, em 1415; mas a heresia Hussita não ficou extinta com ele. Seus amigos se levantaram em armas, desatou-se uma guerra que lhe denominou guerra Hussita (entre 1420 e 1436). A maior parte da Europa Oriental e Central ficou desolada. Ao final as guerras Hussitas terminaram em obter concessões mútuas.

“Devido às resistência dos Papas em Aviñón, fora de Roma, o Grande Cisma, os Hussitas, a derrocada do feudalismo, e a autoridade da Igreja foram sacudidas. Um dos resultados de tudo isto foi o desenvolvimento do espírito de crítica. Roma jamais recuperou todo o domínio que tinha tido sobre o amor devocional dos homens”. Bk. Of Knowledge, Glolier Soc., Vol. 5 and 6, 1950 edition (Livro do Conhecimento, Sociedade Glolier, Vol. 5 e 6, Edição de 1950).

Pelos breves relatos históricos que expressamos, vê-se claramente que o Cristianismo verdadeiro, puro e perfeito, permaneceu vivo nos corações de milhares e milhares de homens e mulheres através dos séculos, quem se opôs tenazmente aos erros doutrinais e à corrupção da Palavra de Deus, e por meio deles TRIUNFA A VERDADE, pois “as portas do inferno” não puderam prevalecer contra o poder da verdade.

INTRODUÇÃO PARA A PARTE SEGUINTE

A parte seguinte nos levará a um esboço conciso do “Período da Reforma” oficial; continuação do relato da perseguição; a derrocada do poder Papal; a abertura das portas da liberdade religiosa; uma breve historia da Igreja de Deus, do Sétimo dia; um breve esboço da Igreja Batista do Sétimo dia e dos Adventistas do Sétimo dia; e a existência do Sábado verdadeiro neste século vinte.

FRAGMENTOS HISTÓRICOS ACERCA DA “IGREJA DE DEUS” (SEGUNDA PARTE)

“Mova-se potente “A Igreja de Deus”

“Dos vitoriosos marchemos atrás;”

“Somos só um Corpo”

“-E um é o Senhor,”

“Uma a esperança, e um”

“Nosso amor”

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PUBLICAÇÕES DA IGREJA DE DEUS

A Igreja de Deus verdadeiramente deve estar firme e ir adiante, “Unida ao coração como uma cadeia”. Esta frase poética se publicou em “A Esperança de Israel”, em 1864. “A Esperança do Israel” foi a revista precursora do Advogado da Bíblia”, da Igreja de Deus (do Sétimo Dia).

“A esperança de Israel” era uma publicação da Igreja de Deus por isso queremos significar que esta Revista, “A Esperança do Israel” representava a todos aqueles que tinham guardado a fé da Igreja de Deus por muito tempo, grupos de observadores do Sábado, que por circunstâncias do tempo estavam disseminados por diferentes parte, e que foram nossos antecessores espirituais durante os primeiros séculos da América. “A Esperança” era a voz unânime daquele povo que se apegou o inspirado nome da “Igreja de Deus”, nome que se conheceu dos mais remotos tempos. O povo que fortemente se recusou a aceitar qualquer autoridade da fé cristã que não fora a Bíblia, até onde eles a entendiam nesse tempo. Certamente a Bíblia foi sua única autoridade de fé e doutrina como o é também hoje. “A Esperança” entretanto, não foi a primeira publicação dos cristãos observadores do sábado.

Retrocedamos por um momento ao século quinze, que já tocamos em nossa consideração anterior. Dizemos outra vez que se fará todo esforço possível para condensar este documentário. É difícil tratar de fazer concisa a essência tão vasta e fazer uma “breve historia” de registros que compreendem muitas páginas e das quais poderiam fazer enormes volumes. É na verdade difícil ser breve tendo em nosso redor uma multidão de registro da colorida história dos fiéis. Cremos que cada membro afiliado a esta mesma fé nos tempos modernos, quererá possuir um documentário desta índole, no que possa facilmente ter à vista um panorama completo da história do passado e compreender assim sua própria história para podê-la relatar a outros. O difícil é executar esta tarefa sem afetar ou mutilar alguma informação daqueles fatos, o qual poderia interpretar-se como que há o intento de pôr ênfase em algo equivocado. Este pois, é nosso esforço, fazer uma “breve historia”, justa, verdadeira e correta se proporcione a cada um de nossos leitores, membros da Igreja de Deus.

Referiremo-nos unicamente a uns quantos nomes pessoais neste esboço histórico, já que nosso propósito é ter um panorama conciso da vista. Começar a mencionar os nomes históricos envoltos na história de nossa igreja requer muito mais espaço, pois ao fazer uma lista deles nos veríamos obrigados a mencioná-los a todos com seus feitos inclusive. Entretanto, tomamos a liberdade de alistar alguns deles, sem os quais nos seria difícil fazer compreender todos os acontecimentos. Quanto queríamos dispor de espaço suficiente para não omitir alguns nomes e feitos importantes. O leitor, entretanto, poderá obter uma informação mais ampla de outras fontes da Igreja.

A REFORMA NÃO PÔDE DETER A PERSEGUIÇÃO

O espírito do Renascimento se desenvolveu durante o movimento religioso que chamamos a Reforma e que teve lugar nos primeiros anos do século XVI. Nasce o espírito de liberdade de pensamento; florescem as artes e a ciência. Mas não obstante, teriam que transcorrer vários séculos para dominar completamente a perseguição, o fanatismo e a superstição, e obter uma total liberdade religiosa, tal como se conhece no mundo hoje. Os verdadeiros reformistas bíblicos, incluindo aqueles grupos observadores do Sábado, foram muito mais audazes, e agora é mais fácil traçar definitivamente suas atividades. Mas apesar de tudo estas atividades foram interrompidas em largos intervalos, e não pôde conservasse uma história formal (no século 16), pois se levanta uma nova forma de perseguição contra aqueles grupos que tinham vindo sofrendo por largo tempo como hereges. Pois notaram que o movimento “Protestante” não simpatizava completamente com eles. A idéia de uma religião do Estado obrigatória não desapareceu facilmente, embora as nações romperam suas relações com o poder papal, devido a que por muitos séculos a Igreja Católica tinha governado como a religião oficial do Estado. (Nota: O Papa de Roma foi feito prisioneiro no ano de 1798, que é uma data profética formal que marcou o fim do poder papal como governo internacional.)

A Alemanha do Norte permaneceu Protestante, enquanto que a do sul seguiu sendo Católica. A luta contra a autoridade da Igreja em matéria de religião continuou por toda a Europa estendendo-se até a Inglaterra.

Uma das razões que motivou a ruptura entre as nações e a igreja foi a insistência dos reis e líderes políticos em que a Igreja Católica devia pagar contribuições de todas suas propriedades.

A Igreja Protestante da Inglaterra praticou a intolerância e a perseguição, embora não tenha sido à altura das perseguições Católico-romanas. Enquanto o poder Católico Romano, esse formou uma “contra-reforma” por meio da ordem dos Jesuítas. Devido à atividade destes emissários, eles puderam deter a Reforma em vários setores. Deve fazer-se notar também que durante estes séculos os homens perderam o terror aos oceanos, e começaram a navegar pelos mares, e a explorar as terras estranhas para eles. Aproveitando este novo meio de comunicação, a Igreja Católica enviou missionários a diferentes parte do mundo. Desta maneira foi como a observância do Domingo, o qual tinha sido uma instituição Romana, fora promovida antecipadamente em vários países, até entre cristãos, muitos dos quais tinham sido observadores do Sábado por séculos.

OS PEREGRINOS E PURITANOS

Entre os primeiros colonizadores que chegaram a América vinham muitos que se chamavam “Peregrinos e Puritanos”. Se têm evidências históricas de que havia entre eles muitos observadores do Sábado. Estes grupos minoritários que eram perseguidos são um testemunho das condições que prevaleciam na Inglaterra, já que todos aqueles grupos que diferiam com a igreja Protestante Oficial do Estado,

eram perseguidos. Os Quákeros estavam entre aqueles que eram severamente perseguidos na Inglaterra.

Os protestantes, até certo ponto, esqueceram os princípios de liberdade de consciência com aqueles que tinham sido assinalados como “hereges”, e de igual maneira para com os chamados “livres pensadores”. Sendo mais exatos, diremos que como protestantes reclamavam liberdade para eles, mas a negavam para outros. Tal acontecia com um homem de nome Juan Calvino (que existiu entre 1509 e 1564), o Protestante Francês que foi o guia religioso na Génova, Suíça. Este governava com mão de ferro, ao grau que um de seus discípulos, de nome Miguel Serveto, foi queimado em um poste por não compartilhar com as crenças religiosas de Calvino. Esta terrível intolerância, naturalmente representava a ruptura com o espírito do Renascimento”. Grol. Soc. Book of Knowledge”, Vol. 14, Pág. 509.

Entre os classificados como “hereges” estava Pablo Bunvan. Este era um pregador muito popular entre o povo comum, e por este motivo foi perdoada a execução, não assim o encarceramento, e ao estar encerrado no cárcere escreveu seu famoso livro “Progresso do Peregrinos”.

Assim é como vemos a preservação de fé vivente em Cristo Jesus em meio de tantos sofrimentos. Os cépticos deveriam dar-se conta do vivente e eterno poder do Evangelho de Jesus Cristo, o qual não pôde ser sufocado pela espada nem pelas chamas, como tampouco pelos muitos século de apostasia e perseguição.

Impérios e reino se levantam e caem, e se eclipsam pelo pó dos tempos, embora os homens lutem tenazmente para conservá-los; porém o cristianismo vive e aumenta em poder embora os homens tratam denodadamente de destrui-lo. A ira de Satanás efetivamente se desatou contra a verdade, mas o Senhor cumpre sua promessa: “Eis aqui, eu estou com vós até o fim do mundo”. (Mateus 28:20).

PRIMEIRAS IGREJAS AMERICANAS DO SÉTIMO DIA

As primeiras igrejas observadoras do Sábado na América foram congregações locais, que não estavam organizadas e incorporadas formalmente, até que as condições no novo continente proporcionaram melhores comunicações. A primeira e total liberdade religiosa se obteve mediante a Constituição dos Estados Unidos. Enquanto este mandato, considerava quase como procedente de Deus, era o condicionado ideal, vieram à existência um sem número de denominações e movimentos religiosos. Homens e mulheres por toda parte, com aquela liberdade obtida, se interiorizaram no estudo das Escrituras. Cada denominação fisgava na verdade ansiando as metas do conhecimento.

Desta maneira diferentes denominações na América foram organizadas, tendo umas maior e menor grau de verdade, assim como tênues sinais de apostasia. Entretanto se pôs de manifesto nos Estados Unidos o prejuízo e a discriminação para os cristãos observadores do Sábado, o qual veio desaparecendo no correr dos tempos.

As igrejas observadoras do Sábado seguem adquirindo influência, e a verdade sobre o sábado chegou a ser um desafio de sobra conhecido.

Durante os primeiros séculos aqueles observadores do Sábado localmente foram chamados por vários nomes, por exemplo, Sabatistas, mas mais freqüentemente lhe chamavam pelo nome de seus guiadores, embora entre eles mesmos se chamavam pelo nome escritural, Igreja de Deus, Igreja dos Primogênitos e também às vezes, Igreja de Cristo. (Atos 20:28; Hebreus 12:23, Romanos 16:16).

Ao desenvolver-se o novo país de seu difícil e pioneiro princípio e ao dar lugar à civilização em suas costas orientais, duas organizações vieram a ser mais proeminentes entre os grupos observadores do Sábado: “A Igreja de Deus”, e “A igreja Batista de Cristo do Sétimo Dia” (Nota: A palavra sublinhada deste último nome foi eliminada deste movimento em 1880).

Todos os grupos observadores do Sábado atualmente consideram os antigos sabatistas como seus antecessores e pais espiritualmente, como na verdade o são, já que por meio deles a gloriosa verdade do “Sábado da Criação” foi preservada. Esta verdade passou a nós sobre os sepulcros de milhões de mártires, permanecendo sem ser extinta apesar das chamas, a espada, a corrupção e a iniqüidade.

Documentos achados nos arquivos da Inglaterra dos começos do século 16 registram sobradas evidências da existência de muitos grupos locais de observadores do Sábado ali. Nestes registros, e com relação aos guardadores do Sábado, menciona-se muitas vezes o nome de “Igreja de Deus”. Embora não havia uma organização formal, o título de “Igreja de Deus” entretanto, não foi coisa surpreendente, já que este título se usou para a Igreja no princípio. É irrefutável que os primeiros observadores do Sábado na América também tinham este nome bíblico de “Igreja de Deus”.

Além dos documentos históricos da igreja escritos, existem até algumas pessoas viventes até, as quais ajudaram a compilar esta história, que conservam o registro de famílias com as quais estiveram em conexão, as mesmas que também tinham estado em conexão com os primeiros observadores do Sábado na América, que foram conhecidos como “A Igreja de Deus”.

A ORGANIZAÇÃO FORMAL E ADAPTAÇÃO LEGAL (DO SÉTIMO DIA) EM 1800

Ao desenvolver-se a América primitiva para uma sociedade mais complexa, de melhores comunicações e florescimento de numerosas denominações, trouxe como conseqüência a urgente necessidade de que as primeiras igrejas observadoras do Sábado se registrassem legalmente, como o veremos a seguir. Entre os primeiros guardadores do Sábado também existia a discussão de que no nome da igreja estava o distintivo do povo de Deus, que deviam mostrar mais amor e devoção a esse nome “Igreja de Deus”, e que não estariam dispostos a que se perdesse entre os muitos grupos protestantes havidos já.

Ao desenvolver-se acontecimentos, vários grupos locais de observadores do Sábado seguiram levando esse nome, mas quando a igreja, e grupos locais se reorganizaram por todo o país em 1865, aprovou-se que o estandarte fora com o nome de “Igreja de Deus”, mas que lhe acrescentaria no nome o término “do Sétimo Dia” para distinguir-se de outros grupos protestantes que estavam formando-se com o nome de “Igreja de Deus” também.

Não limitaremos aqui a um esboço histórico dos três nomes mais antigos, das igrejas maiores observadoras do Sábado. Referimo-nos à “Igreja de Deus” (do Sétimo Dia), a Batista do Sétimo Dia e a Adventista do Sétimo Dia, embora existam na América outros quarenta e cinco grupos de sabatistas de diferentes parte do mundo. Mas não nos interessa investigar a história deles, a não ser a história da Igreja de Deus (do Sétimo Dia).

Pela análise seguinte se poderá notar que entre os crentes do Sétimo Dia originais que emigraram à terra da América as igrejas mais antigas do Sétimo Dia (que existem até hoje), começaram a surgir como grupos separados muitos antes dos anos 1700 (antes do século 18). No século 19 (em meados de 1800) iniciou-se um novo movimento do sétimo dia, emerge neste tempo a igreja que conhecemos hoje como A Igreja Adventista do Sétimo Dia. Este último grupo Sabatista obteve a verdade sobre o Sábado da outras igrejas observadoras do Sábado existentes (por meio dos dirigentes e membros relacionados com eles). Este fato se comprova com os registros históricos da Igreja de Deus e os da Igreja Batista (do 7º Dia).

Nossos meios de maior identidade naqueles primeiros séculos são OS SINAIS DE SEU CREDO DOUTRINAL, comparado com o da igreja organizada hoje, com seus artigos de fé distinguidos.
Na parte seguinte nos referiremos unicamente aos chamados Sabbatarian (Sabatistas), mais que a qualquer outra denominação observadora do Sábado, já que nenhuma delas estava organizada naqueles tempos, e não podiam ser se não grupos de crentes pulverizados em diferentes lugares, pelas circunstâncias que prevaleciam naqueles séculos.

DESCEDENTES DE SABATISTAS (SABBATARIAN) ENTRE 1400 E 1500 D. DE C.

“Erasmo escreveu dos Sabbatarian (Sabatistas) em Boêmia muito antes da Reforma; (1466-1536) “Os descendentes dos Valdenses em Boêmia e Holanda formavam o contingente das igrejas observadoras do Sábado, os quais apareceram antes da Reforma”.

Já identificamos aos Valdenses dos dias de Constantino o Grande. Outros historiadores sustentam que a igreja Valdense se formou no ano 120 D. de C. “Devemos a ela, o renomado associado de Calvino, o relato que faz da Igreja Italiana, no qual sustenta que a Igreja Valdense Italiana data desde ano 120 de nossa era”. Allix, Churches of Piedmont, Ed. 1690, P. 177. (Iglesias de Piamonte por Allix, Edição de 1690, P. 177.).

Pouco mais adiante em sua história relata o Dr. Allix: “achamos um corpo de homens na Itália no ano mil vinte e seis, (1026 D. de C.) quinhentos anos antes da Reforma, os quais acreditavam em forma contrária à opinião da Igreja de Roma, e que condenavam enfaticamente seus erros.”

PARALELO ENTRE O CREDO DOS VALDENSES E O DA IGREJA DE DEUS (7º DIA)

As crenças seguintes foram descritas a uma seita entre aqueles hereges Italianas, quem também foram conhecidas como “Catharitas” (Cathari) e passaginianos (Passaginians). Estes foram distinguidos por dois pontos de fé e prática peculiares para eles.

1º A abstenção daquelas carnes proibidas pela Palavra de Deus

2º Celebravam o Sábado “Judeu”, (nós não cremos que o sétimo dia do Decálogo seja “Judeu”; mas sim que o uso deste termo foi comum entre os relatos históricos, o que nos serve para confirmar que aqueles cristãos guardavam o mesmo Sábado que guardavam os Judeus).

Estes dois artigo de fé, acha-se ainda incluídos na Constituição Doutrinal da Igreja de Deus (do Sétimo Dia). Faremos notar que a Igreja Batista do Sétimo Dia não crê nem pratica o primeiro ponto.

“São Paulo… chegou até os mais remotos rincões do Ocidente”, sustenta Clemente de Roma, ano 96 D. de C.

“São Paulo, tendo estado na Espanha, passou de um oceano a outro. Sua assiduidade na pregação se estendeu até os limites da mesma terra”… (O mundo então conhecido) Jerónimo, ano 392 D. do C.

“São Paulo passou por oceano às Ilhas Britânicas, e ao extremo do Norte da terra”. Venantius Fortunatus, A. D. 560.

“Ussher disse que a Igreja da Irlanda foi estabelecida… muito em breve depois da Paixão de Cristo; e portanto antes de que o Domingo fosse ensinado… existiu uma constante inimizade entre a igreja da Irlanda e a igreja de Roma. A doutrina de Cristo não chegou a Irlanda por meio da igreja de Roma, mas sim pelas igrejas da Ásia, (as do Paulo). History of Baptists.

OBSERVADORES DO SÁBADO NA INGLATERRA DURANTE OS SÉCULOS XII E XIV

“No século XIII (entre 1200 e 1300) os Valdenses se estenderam em 22 países da Europa, sendo a Grã-Bretanha um deles”. Benedict (Benito).

“Estes (os Sabbatarian) abundam agora; mais de meia nação se há convertido Lollardista (de Lollard); mais ainda, estes cobriram toda a Inglaterra. Em 1389 estes formavam sociedades distintas e separadas apegadas às Escrituras. Nestas Igrejas… Estes homens viviam unidos em opinião como um só, e foram chamados “os homens bíblicos” se multiplicaram e, em certa forma, vieram a ser perigosos para a Igreja (de Roma)… Enrique VIII estando em conflito com a Igreja Papal, relevou e permitiu os Lollarditas em seu reino, e isto fez que os irmãos daqueles, perseguidos na Europa se aglomerassem na Inglaterra em grande número para desfrutar da liberdade religiosa, e fortalecer a causa da religião verdadeira… Os Lollarditas eram semelhantes aos Petrobrussianos, e também foram observadores do Sábado’. Benedict (História de Benito, pp. 308).
“O Senhor Jorge Molyneaux, residente do Milford Haven, Gales, disse: “Todas as igrejas cristãs eram observadores do Sétimo Dia. Durante os primeiros séculos o Domingo era de Roma e foi introduzido muito lentamente na igreja Britânica. History of Seventh Day Baptist in Europe and a América. (História dos Batista do Sétimo Dia na Europa e na América).

O SÁBADO EM BOÊMIA E ENTRE OS QUAKEROS

“Os Sabbatarian (Sabatistas) brotaram em Boêmia muito antes de 1520. Tais Sabbatarian, e seitas similares, encontramo-los entre os Quákeros da Inglaterra ao redor de 1545”. (Sabbatarians in Transylvania, 1894 Ed., Dr. Kohh, Rabbi of Budapest).

O SÁBADO ENTRE OS PURITANOS

“Muitos dirigentes e pregadores dos Puritanos transferiram o dia de descanso, de Domingo à Sábado…” (Idem. P. 8-28)

O SÁBADO ENTRE OS JUDEUS CRISTÃOS

“Os Judeus cristãos que surgiram na Inglaterra emigrando alguns deles mais tarde a Alemanha, estabelecendo-se perto de Heidelberg, criam certamente em Jesus, mas também celebravam o Sábado e estimavam as leis judias com relação às carnes imundas”. (Rabbi Kohn, idem).

OS OBSERVADORES DO 7º DIA REFERIDOS COMO “IGREJA DE DEUS” NA INGLATERRA NO SÉCULO XVI.

Além das “marcas da doutrina” que identificam o povo de Deus através dos séculos, os quais levaram as mesmas crenças que prega aí a Igreja de Deus (do 7º Dia), temos uma história definida do século 16 aqui de nossos antecessores da fé.”

“Muitos pensadores conscientes e independentes no reinado da rainha Elizabeth, advogaram pelo Sétimo dia” (1558-1603). Chambers’ Cyclopedia.
“A rainha Elizabeth menciona “A Igreja de Deus” entre os grupos não conforme. Ref. Hist. & Antiguity of Dissenting Churchs, Willson, Vol. 4, London Referência à História e antigüidade das igrejas não Conforme, Volume 4, Londres, pelo Willson).

Temos à mão algumas outras evidências históricas, que existem em nossos arquivos, da existência de grupos observadores do Sábado, aos que lhes chama “Igreja de Deus”, em toda a Inglaterra, pelos séculos 16 e 17, e é como segue:

Praça de Devonshire, E.C………: Ano 1547 D. de C.
Em Londres, Inglaterra (vários).: Ano 1649, 1662 e 1677
Por todo Cais…………………….: Ano 1662.

(Nota: As datas anteriores foram citadas das bibliotecas de Londres, da biblioteca do Museo Britânico, da Biblioteca Pública e outras histórias de lá mesmo. Estamos revisando estas porções para a exatidão de sua fraseologia, pois a investigação segue em processo. Alguns textos históricos foram tirados faz vários anos, antes de 1800, e portanto existe a possibilidade de algum erro ao copiar de outros que as copiaram também, mas isto não podem afetar as provas evidentes, entretanto, a Igreja de Deus, de década em década dedica especialmente um pessoal que cuida da revisão de ditos documentos para evitar enganos de fraseologia, ao mesmo tempo para revisar o número de Volumes e de suas páginas, nas quais também se podem acontecer alguns erros ao fazer a composição do Linotipo. Outra das razões para seguir a investigação é que alguns livros antigos de história, até aqueles que se acham nos Museus, são tirados da vista e da circulação nas Bibliotecas, e portanto sempre se achará um livro, uma história que robusteça nossa investigação. Até hoje temos suficientes evidencia para confirmar o conteúdo geral do peso da verdade em relação à existência dos Sabbatarians, aos quais nos referimos nesta parte.

PRIMEIRAS IGREJAS SABÁTICAS NA AMÉRICA

Já citamos algumas porções que falam que havia observadores do Sábado entre os Puritanos e os Quákeros. Enquanto que em muitos casos, os primeiros grupos e observadores do Sábado, foram conhecidos como Sabbatarians, mas também lhes chamava:

“Igreja de Deus” e “Igrejas de Deus”
“Batista do Sétimo Dia”
“Igrejas de Cristo” (das quais, mais tarde, algumas vieram a ser “Igrejas de Deus”.

Esta foi a primeira igreja observadora do Sábado organizada no princípio da América, da que se tem um registro oficial. É verdade que alguns descendentes desta igreja se filiaram mais tarde à denominação da Igreja Batista do Sétimo Dia, que foi organizada oficialmente em 1802, mas antes disso tempo aqueles membros foram conhecidos e chamados com o nome de “Igreja de Deus”, como fica demonstrado pelos seguintes parágrafos:

“Esteban Munford veio de Londres em 1664 trazendo a doutrina de que os Dez Mandamentos, tal como foram entregues no Monte Sinai, eram caráter moral e imutáveis; que um poder anticristão pensou em trocar os tempos e a lei, que igualmente trocou o Sábado do Sétimo Dia, ao primeiro da semana. Vários membros da primeira Igreja do Newport, Rhode Island, EUA abraçaram este sentimento”. Church History of New England, 1783 (História da Igreja na Nova Inglaterra, 1783).
“Na primeira dispensação houve uma igreja e um mundo como agora, e sendo um dever do mundo acreditar no evangelho, assim é agora o dever do mundo, ser evangelizado unir-se aquela mesma IGREJA DE DEUS” (Relato feito pela Igreja de Newport, R. I.). Tirado do Seventh-day Baptist Memorial.

“Vós têm liberdade completa para administrar as ordenanças de Deus entre os chamados IGREJA DE DEUS?…” (Perguntas feitas aos candidatos ao ministério na primitiva igreja Sabbatarian (Sabática). Tirado do Seventh-day Baptist Memorial.

EM SHREWSBURY, NEW JERSEY

“Irmano Davis, mando-te diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que tomes a seu cargo a IGREJA DE DEUS que está em Shrewsbury”. (“Nomeação do ancião Davis, velho ministro Sabbatarian.”). Tirado do Seventh-day Baptist Memorial, Vol. 12).

NOTA: Não é nossa intenção aqui tratar de implicar que a “Igreja de Deus” do Sétimo dia tenha tido esta igreja como sua primeira igreja oficial. Esta era só uma igreja local que se conhecia por esse nome (Shrewsbury), como a mesma história Batista do 7º Dia o registra. Em anos mais tarde esta se filiou à denominação Batista do 7º Dia quando se fez uma organização formal.

Estamos fazendo menção destas porções históricas só para ilustrar que as primeiras igrejas Sabbatarian coloniais, não estando organizadas como denominações, foram conhecidas pelos nomes do lugar que mais tarde adotavam seus descendentes até que começou a organização formal, quer dizer, “Igreja de Deus” do Sétimo Dia, e “Igreja Batista”, do Sétimo Dia. É muito fácil ver por meio destes fragmentos históricos o uso constante do nome “Igreja de Deus” do Sétimo Dia entre os primeiros grupos do Sabbatarian (Sabatistas), e como alguns do mesmo povo saíam de seu lugar para emigrar a outras partes, também conhecidos pelo nome do lugar, mas que mais tarde vieram a ser a “Igreja de Deus” do Sétimo Dia, quando estes grupos já se organizaram em 1865 como uma organização nacional (e mais tarde mundial).

AS IGREJAS DE PISCATAWAY E HOPEWELL, NEW JERSEY, 1705.

A “IGREJA DE DEUS”, observadora dos Mandamentos de Deus e a fé de Jesus Cristo, e que radica em Piscataway e Hopewell, províncias de New Jersey, estando reunidos de um só acordo, na casa de Benjamin Martin, em Piscataway, em 19 de Agosto de 1705”. (Livro de registros da Igreja, artigos de fé, declaração introdutória”. Tirado do Seventh-day Baptist Memorial.

PRIMEIRA DISTINÇÃO ENTRE A “IGREJA DE DEUS, DO SÉTIMO DIA” E A IGREJA BATISTA, DO SÉTIMO DIA.

“Agora toda esta inimizade se levantou contra mim originalmente de homens observadores do Sábado, iniciada por um homem notável do Sétimo dia, enganador de almas neste país, quem há como vinte anos se me há oposto no tema da imortalidade da alma… que envenenou a muitos outros homens do Sétimo Dia com sua mortífera e atéia doutrina, e os tornou contra mim, e secretamente transportou suas idéias a Westerly (Rhode Island) entre as pessoas antes mencionadas, os quais convieram com o segundo seu juízo no erro (da imortalidade da alma) e no erro da doutrina Anti-Trinitária, que absorveram com ânsia antes de que eu chegasse a eles”. (Tirado do arquivo de uma carta de Guillermo Davis, ministro Sabbatarian, antes dos anos de 1700).
Nota: O ensino da imortalidade da alma condicionalmente é ainda uma doutrina que distingue os princípios entre a Igreja de Deus (do Sétimo Dia) e a Igreja Batista do Sétimo Dia. A Igreja de Deus sempre há sustentado que o estado presente dos homens é mortal, e que a imortalidade da alma virá ao efetuar-se a ressurreição, mas condicionalmente, (1º Coríntios 15:45).

A inimizade, como vimos pela carta de Guillermo Davis, foi difícil e “aguda” entre aqueles grupos sobre este ponto doutrinal, e devesse recalcar-se que esta atitude foi muito comum entre os primeiros grupos cristãos da América, os quais diferiam em doutrina; “o negro é negro, e o branco é branco”, sustentavam eles.

Isto significa que cada um sentia que seu ponto de vista era claro e que a posição de outros era diabólica, enquanto que a Igreja de Deus esteve absolutamente firme, como o está hoje, em relação à imortalidade condicional. Entretanto, às vezes, nossa atitude é um pouco mais paciente em “julgar” ou condenar a outros, mas permanecemos nessa posição preciosa de nossa fé, a qual sustentamos geralmente, e que nos conduz a ser mais caridosos neste sentido.

Os homens importantes que obtivemos pelas porções históricas citadas antes, evidencia-se que houve “marcas distintivas” da doutrina entre os primeiros colonizadores Sabbatarian (observadores do Sábado). E devido a estas diferenças, surgiram os dois corpos nacionalmente organizados nos anos de 100, conhecidos agora como a “Igreja de Deus” do Sétimo Dia, e a “Igreja Batista” do Sétimo Dia.

Os primeiros nomes das igrejas Sabbatarian coloniais com que se designavam eram a “Igreja de Jesus Cristo” (1705, agora ao oriente de Boston, Muss); “A Igreja de Cristo”, a “Igreja de Deus”. Alguns destes mais tarde adotaram o nome de “Igreja Batista de Cristo do Sétimo Dia”, quem em 1800 tiraram o termo “de Cristo”, conhecendo-se após como “Igreja Batista do Sétimo Dia”. Mas muitas congregações locais continuaram com o nome antigo de “Igreja de Deus”, organizando-se estas no sentido geral em 1865, por se mesmo nome “Igreja de Deus”; mas em 1899 “A Igreja de Deus” (do Sétimo Dia) foi incorporada”.

UM NOVO MOVIMENTO DO SÉTIMO DIA NO SÉCULO XIX

A princípios do século 19 se iniciou um movimento religioso interdenominacional, do qual emergiu a denominação “Adventista do Sétimo Dia”, organizando-se primeiro por este nome (Livro Anual do ASD., 1955). Esta denominação também põe ênfase na observância do Sábado e no ensino dos Dez Mandamentos por toda parte. De igual maneira enfatiza o “arrependimento”, a conversão e a salvação, pela fé no Senhor Jesus Cristo”. Mas nesta denominação existe uma das maiores desviações que o homem pode ter, e esta consiste em pôr tanto ênfase em outros livros fora das Santas Escrituras, enquanto que os outros movimentos fundamentalmente observadores do Sábado se pegam exclusivamente à autoridade da Bíblia, como única regra de fé e doutrina. Os primeiros Adventistas do Sétimo Dia também se apegavam à Bíblia unicamente, como sua regra de fé (entre os anos de 1844 e 1860) até que entre os anos de 1860-63 aceitaram e promoveram as “Visões” de Ellen G. White e “deixaram seu primeiro amor”, as Santas Escrituras e “o testemunho puro de Jesus Cristo.” (Apocalipse 2:3,4; e 22:18-20).

O MOVIMENTO ADVENTISTA DE GUILLERMO MILLER DO SÉCULO XIX

Já temos exposto prova definidas da existência da Igreja de Deus século após século. Depois também vimos o surgimento da Igreja Batista do Sétimo Dia, no século XVIII. Agora estamos considerando o levantamento da Igreja Adventista do Sétimo Dia, no século XIX seguindo o movimento do Guillermo Miller.

Sendo que o movimento do Guillermo Miller comoveu a milhares de pessoas de outras denominações protestantes, é conveniente fazer um breve comentário sobre os fatos concernentes a este movimento.

Durante as primeiras décadas do século dezenove, começou a ser pregada profusamente a Segunda Vinda de Cristo, tanto na Europa, como na América. “Nesse tempo muitos estudiosos cristãos de vários países e de diferentes denominações, simultaneamente chegaram à conclusão, pelo estudo das profecias da Bíblia, que a vinda do Jesus estava perto. O clero da Igreja da Inglaterra e muitos ‘não-conformistas’ advogaram por esta idéia entre os anos 1820 e 1830. Na América também brotou um movimento adventista similar, sustentado como por duzentos representantes de igrejas, incluindo as Igrejas Presbiterianas, Batistas, Congregacionalistas, Episcopais e Metodistas, dirigidos todos por aquele camponês, Guillermo Miller, fizeram vibrar a América com sua mensagem de que Cristo viria em 1844”. (Selecionado de Look Magazine, 10 de Março de 1953).

No princípio os escritos do Guillermo Miller foram publicados nos diários comuns, e nesta forma tiveram uma muito difusa publicidade. Mais tarde, quando muitos de seus seguidores começaram a enfatizar que todas as igrejas (fora daquele movimento) representavam a Babilônia, seus escritos já não foram publicados por esses meios. Muitos membros de diferentes denominações aceitaram a pregação sobre 1844 e tomaram muito a sério. Este movimento Millerista atraiu também a atenção de muitos observadores do Sábado em muitas partes. Desta maneira muitos de seus seguidores (de Miller) foram convertidos à verdade do repouso Sabático, por meio de muitos folhetos que recebiam também. Outros de seus seguidores foram convertidos mediante artigos que favoreciam a verdade do Sábado, impressos já em algumas das publicações de Miller”. (Tirado do Advogado da Bíblia, Vol. 31, pp. 4,5, A.F.D.). É curioso observar que Guillermo Miller nunca aceitou a verdade do Sábado, mas como desde esse então havia entre seus seguidores alguns que guardavam o Domingo e outros que guardavam o Sábado, então começou a batalhar designando uns “Adventistas do primeiro Dia” e outros “Adventistas do Sétimo Dia”, e isto os distinguia. Existem até hoje Igrejas Adventistas do Primeiro Dia.
Em 21 de Agosto de 1955, reuniram-se representantes tanto da “Igreja Cristã Adventista” como da “Igreja Adventista do Sétimo Dia” em um serviço memorial na capela Guillermo Miller (uma pequena igreja feita de madeira), construída em 1848 em Low Hampton, Nova Iorque. Esta propriedade foi dedicada para ambas as denominações em memória do pregador “pioneiro” do primeiro movimento Adventista, por Felipe M.M. Phelps, bisneto de Guillermo Miller. Ref. Review and Herald, vol. 132-18, pag. 1, Sept. 22 de 1955).

“Para formar um julgamento exato deste povo, que difere em muitos aspectos da “Igreja Batista do Sétimo Dia”, é necessário considerar sua posição desde seus próprios pontos de vista. O movimento Adventista de 1883&44, como acreditavam e se gozavam nisso, conduziu-os diretamente ao Sábado do Quarto Mandamento”. (História do Sábado e o Domingo, por Lewis, (Batista do 7º Dia), p.400).

Aqui o Senhor Lewis se refere aquela data primitiva, 1886, ao feito de que “o movimento Adventista”, pela qual quer dizer que dito movimento se iniciou em 1843&44. Pelas palavras dos “conduziu ao verdadeiro Sábado”, indica que passou muito tempo para que se transformasse no “Movimento Adventista do Sétimo Dia”.

“Quando 1844 passou sem a ansiada vinda de Cristo, este tema referente à vinda do Jesus foi re-examinado, e surgiram muitas novas perguntas. Mas depois desta ré-examinacão, chegaram à conclusão de que a profecia dos 2300 tinha terminado, e esta indicava, não o fecho das atividades humanas, mas sim o começo da grandiosa obra do santuário, a qual traria para uma total terminação a ora de misericórdia. Assim pois o movimento Adventista se caracterizou pela doutrina do santuário celestial; embora também OBSERVAM o Sábado do Quarto Mandamento…”
“Mas o estudo sobre o santuário celestial lhes abriu a mente para que entendessem a verdade sobre Sábado e a lei de Deus; de maneira que o antigo Sábado da Bíblia foi desde então para este povo parte da fé adventista.”

“O Sábado foi introduzido na fé adventista primeiro em Washington, N.H. por uma senhora, fiel membro da Igreja Batista do Sétimo Dia, de apelido Preston. É conveniente dizer algo a respeito a esta mulher. Rachel H. Harris nasceu no Vernon, Vetmont, e à idade de 28 anos foi convertida ao Sábado da Bíblia. Sendo fiel em suas convicções, filiou-se à Igreja Batista do Sétimo Dia de Verona, Oneida CO., N.Y.”. Historia do Sábado e Domingo por Lewis Ed. de 1886, pp. 401-403, Plainfield, N.Y.

Enquanto a verdade sobre o Sábado estava sendo revelada a um grupo como de 40 Adventistas do Primeiro Dia (Milleristas) em Hampshire, por meio e a senhora Proston (crente batista do 7º Dia e também do advento), também os membros da Igreja de Deus, que tinham sido filiados a ela desde muitos anos atrás, estavam expondo amplamente a verdade sobre o Sábado. Estes escreviam artigos sobre este ponto para as primeiras publicações, pelos quais um grande número do povo adventistas, sentindo-se influenciado, aceitou o verdadeiro Sábado. (Os Adventistas Milleristas que não aceitaram a observância do Sábado formaram os primeiros núcleos e o que agora se conhece como a Igreja Adventista Cristã do Primeiro Dia. Os Adventistas Milleristas que aceitaram o Sábado vieam a ser núcleos do que mais tarde, em 1863, conheceram-se como “Igreja Adventista do Sétimo Dia”.

“Chamou-me a atenção para isso (o Sábado) por um artigo de um periódico no ano de 1843, que se chamava “O clamor de Meia Noite”, escrito pelo J.C. Day do Ashburnham, Mass., S.D. Hancock, de Foresville, Conn., que advogavam pela doutrina do Sábado. Exporiam esta doutrina fortemente, mas eu não me sentia plenamente firme na verdade do Sábado, até o ano de 1845. David Hewit, de Battle Creek, e eu junto começamos a observar esse dia. Aproximadamente neste tempo conheci o ancião José Bates (1845). Este também ali começou a guardar o Sábado”.

Gilbert Cranmer, que era ministro da Igreja de Deus, recusava-se a aceitar as “visões” da Sra. Ellen G. White. Os irmãos Day e Hancock, que eram pregadores sabatistas desde tempos muito atrás, estão também na lista dos ministros da Igreja de Deus. Mas José Bate era um seguidor dos White.

JAMES E ELLEN WHITE ACEITAM O “SÁBADO” – 1845-46.

“James (Jacobo) White, no livro “Incidentes da Vida”, publicado em 1868 p.268, menciona à irmã Proston como observadora do Sábado desde muito antes de 1844, e o ministro T.M. Proble, quem também lhes chamou a atenção aos Adventistas sobre a observância do Sábado em um folheto datado de 13 de Fevereiro de 1845. Ali ele diz que José Bate começou a guardar o Sábado em 1845 e escreveu uma obra sobre este tema a qual fez circular por várias partes. James White diz que este folheto o confirmou na verdade sobre o “Sábado”. Ref. Al Abogado de La Bíblia, 3 Fev. de 1947, art. Escrito por A.F.D., P. 4.
“Em 1846, por meio de uma visita que fiz a Ne Bedford, Mass., familiarizei-me com José Bate. Este observava o Sábado e insistia em sua importância”. Citado de “Experiência e Visões”, publicado em 1860. A introdução da senhora White à “verdade do Sábado” ocorreu pouco antes de casar-se com o James White (em 30 de Agosto de 1846) e começou a observá-lo nesse mesmo ano.

Deve fazer-se notar que os ministros Day e Hancock (1843) tinham estado ensinando a verdade sobre o Sábado desde dois ou três anos antes que James e Ellen White aceitassem esta verdade. Isto é também VINTE ANOS antes de que o movimento Adventista do Sétimo Dia fora organizado.

Day e Hancock estiveram associados estreitamente com as “Igrejas de Deus” (antes de 1843) e possuía o fundamento do Sábado. Embora também estavam interessados no ‘advento’ da profecia de Guillermo Miller por alguns anos, entretanto rechaçavam “o novo movimento” iniciado por James e Ellen White, que foi o princípio da denominação “Adventista do Sétimo Dia”. Estes ao ver que a influência das doutrinas promovidas pelos White estava pulverizando-se por toda parte, doutrinas que tiveram por errôneas, uniram-se mais estreitamente com ministros Sabbatarian (sabatistas), entre as igrejas locais (que se chamavam “Igrejas de Deus” e também “Igrejas de Cristo”) e estabeleceram uma organização formal em 1865, conhecida como “A Igreja de Deus”, (do Sétimo Dia). Estas igrejas e grupos de sabbatarian dos primeiros colonizadores (que não tinha nenhum elo com a Igreja Batista do Sétimo Dia pela tremenda divergência de seu credo) não tinham sido impressionadas pela necessidade de uma organização geral até esse tempo. Mas com a ameaça daquela confusão de credos e temendo perder a verdade que por largos anos haviam possuído, verdade que a custa de muito sangue tinham conservado, deram-se conta (entre 1860 e 1865) da necessidade de manifestar-se como um corpo organizado, como uma só igreja com os mesmos pontos de fé em todos o Estado. Isto certamente nos revela uma história de como a verdade e a pureza da doutrina foram conservadas por meio da unidade das igrejas da mesma fé; e nesta forma aqueles cristãos deixaram a seus filhos a herança da fé que foi uma vez dada aos Santos”, e pregada pelos mártires através dos séculos.

Teria sido na verdade contra a mesma causa cristã deixar indefesos aqueles grupos de crentes da verdade ante a influência das doutrinas errôneas. A Igreja de Deus não aconselha a seus membros a não escutar alguma doutrina, porque é uma igreja que ama a luz e a verdade e se sente completamente cimentada nela; portanto há absoluta liberdade em seus membros. O lema da Igreja de Deus é: “Se a verdade que possuirmos não é o suficiente forte para nos afirmar contra algo, então deve haver erro e é necessário investigá-lo. A “Igreja de Deus” tem suas portas abertas para a Verdade e a Luz, mas unicamente por meio das Escrituras. Entretanto, também crê na potente defesa unida sobre a qual se apoia a verdade, cremos que a organização da “Igreja de Deus” foi dedicada a esse propósito.

O ministro Gilbert Cranmer pregou entre as primeiras igrejas sabbatarian (sabatistas) muito antes de que formassem uma organização geral. Os White, sendo já observadores do Sábado, também eram ativos, mas não permitiram o privilégio ao ancião Cranmer de pregar entre os grupos adventistas pelo fato de que este rechaçava “As Visões” da senhora White, que já tinham muita influência entre os Adventistas. Mas tarde o ministro Cranmer escreveu: “Embora me tinha desanimado algo no ministério (em 1846) não deixei inteiramente meu ofício, pois pregava em algumas ocasiões, mas minha obra enquanto estive na Holanda (Mich.) foi muito difícil, estando muito longe, poderíamos dizer, da civilização”. O ancião Cranmer finalmente vendeu suas propriedades na Holanda, e retornou ao condado do Kalamazoo, Mich., aonde refez sua atividade ministerial ganhando muitas almas e organizando “grupos de crentes” no Almo, Waverly, Bloomingdale (1859), em Bangor, Hartford (todas no Estado de Michigan). Todas estas congregações foram incorporadas à Igreja de Deus ao dar os primeiros passos para uma organização geral em 1860 e efetividade finalmente em 1865.

A PROFECIA DA RESTAURAÇÃO DOS JUSTOS NA PALESTINA

De que havia muitos outros que por lago tempo tinham estado associados com os grupos sabatistas antes de Guillermo Miller, que se opunha a seus ensinos no terreno profético, prova-se pelos valiosos fragmentos históricos seguintes:

“Desde antes e até durante a carreira de Guillermo Miller, existiram no este (conforme estou informado) Igrejas de Deus do Sétimo Dia e também Igrejas Batistas do Sétimo Dia. Muitas destas igrejas se opuseram a estabelecer um tempo, como o fazia Guillermo Miller, para o retorno dos Judeus e a restauração da Palestina, antes de que aquele dia viesse”. (Veja Greatest Century – O século maior. P. 311, publicado em 1882 por Hugh Heron, Chicago, Illinois). Citado no Abogado de la Bíblia pelo A.F.D. de 3 deFev. de 1947, pág. 4.

Nesta forma, obtemos um quadro completo: Membros daquelas igrejas coloniais (tanto do Primeiro Dia como do Sétimo Dia) chegaram a aceitar as profecias de Guillermo Miller, mas muitas destas gente se voltaram a suas igrejas depois do terrível fracasso em 1844.

Não nos surpreende talvez o que alguns sendo da “Igreja de Deus” de convicção de credo tiveram sido impressionados por algum tempo com as profecias de Guillermo Miller. Day, Hancock e Cranmer foram Mileristas (por algum tempo) no sentido de que simpatizavam em alguns aspectos com aquela profecia, mas não há indícios em nenhum tempo de que estes homens tiveram estado associados com o primeiro movimento Adventista do Sétimo Dia. Os documentos da igreja manifestam que eles mas bem se lançaram a uma luta em oposição aos ensinos e “visões”, que tinham começado a jogar suas raízes desde 1846 por James e Ellen White”, antes de que o Movimento Adventista do Sétimo dias fosse organizado.

QUE FOI DAS 6500 PESSOAS QUE FALTAM?

Em 23 de Julho de 1861 (2 anos antes da formal organização do Movimento Adventista do Sétimo Dia) James White, sendo editor da “Revista y Heraldo”, em Battle Crock, Mich., reportou de sua Revista 10.000 leitores.

Alguns destes 10.000 eram adventistas do Primeiro Dia. Isto era 17 anos depois da decepção de 1844, e que a maior parte de Mileristas Adventistas tinham desaparecido – retornando-se a suas igrejas aonde tinham estado antes, etc.

Em maio de 1863, dois anos depois da prova dada anteriormente, na “Revista y Heraldo”, onde reportavam-se os 10.000 leitores. O Movimento Organizado de Adventistas do Sétimo Dia reporta ter começado com 3.500 unicamente.
3.500 Adventistas
6.500

Não sabemos o que aconteceu com as 6.500 pessoas que faltam, que tinham sido assíduos assinantes de “Revista y Heraldo” antes de 1863. Isto foi a primeira prova da rejeição do Movimento Adventista do Sétimo Dia, por gentes e igrejas observadoras do Sábado, como o veremos depois.

Diremos uma palavra sobre o porque faltavam aquelas 6.500 pessoas na lista dos Adventistas do Sétimo Dia ao ser organizados em 1863. Sem tratar de decompor este número em categorias, há evidências da primitiva igreja que mostram que os assinantes da primeira “Revista y Heraldo” havia muitos que eram observadores do Sábado; e muitos dos quais eram da “Igreja de Deus”. A Revista mesma revela estes fatos, como o veremos mais adiante.

“REVISTA Y HERALDO” PUBLICADA POR UMA SOCIEDADE SABÁTAICA

Como não existia nenhuma organização conhecida como “Igreja Adventista do Sétimo Dia” até 1863, quem era o proprietário e proprietários da primeira publicação chamada “Revista del Advenimento y Heraldo del Sábado”? (Revista do Avento e Aralto do Sábado). Esta estava sustentada por uma SOCIEDADE PUBLICITÀRIA e se mantinha por leitores observadores do Sábado.

O Comitê da Sociedade Publicitária, conforme se reporta, consistia de cinco pessoas:

David Arnold
Hiram Edson
George Holt
Samuel Rhodes
James White

Este comitê não reconhecia outro nome a não ser o de “Igreja de Deus” durante suas primeiras publicações até 1860. Nota: Samuel Rhodes foi um ministro da “Igreja de Deus” entre os anos 1849 e 1860.

O nome Adventista do Sétimo foi primeiramente proposto para sua adoção em 3 de Outubro de 1860. James e Ellen White promoveram este nome, e suas “novas doutrinas” saturadas já por suas “visões” entre aquelas igrejas antes de e até 1863, quando eles e seus seguidores se organizaram por esse nome.

1861 – “Esta pessoa me perguntou como se obteve o escritório da Revista, e quem era o proprietário. Expliquei-lhe as circunstâncias. A ele lhe pareceu agradável obter uma informação correta, e lhe disse que um homem do Estado de Nova Iorque havia dito que o ancião White podia ser designado; que este tinha impulsionado aos amigos da causa a contribuir monetariamente para estabelecer o escritório. supunha-se que esta pertencia à Igreja de Deus, mas resulta que agora ele (White) quase o possui todo”. (A igreja aqui mencionada se refere ao corpo de crentes que formavam as igrejas locais de diferentes Estado naquele tempo). O parágrafo anterior cita-se por James White em Revista y Heraldo, nº 18. O ministro White tentou responder a estes cargos em uma conferência de negócios que se levou a cabo em Battle Creek, Mich., em 1860 (Um grupo muito pequeno assistiu a esta conferência – não houve representantes). Ali se nomeou um comitê de cinco pessoas para formar uma nova Sociedade Publicitária sob o “novo movimento”, sobre o qual James White tinha controle nesse tempo. Ali foi aonde propuseram também organizar-se sob o nome de Adventistas do Sétimo Dia”.
Comitê em “Organização” (1860)
James White
J.N. Loughborough
U.S. Smith
G.W. Amadon
M. Hull

Na prova do novo Comitê de publicidade eleito, foram colocados os nomes seguintes em seus ofícios, como segue:

Nova Sociedade de Publicações (1861)
James White, Presidente
G.W. Amadon, Vice-presidente
E.S. Walker, Secretário
Uriah Smith, Tesoureiro e Editor Resp. J.N. Loughborough, Auditor.

James White foi eleito como editor da “Revista y Heraldo”, e G.W. Amadon, editor do “Instructor e Jóvenes” (Instrutor e Jovens). Comparando os nomes da eleição final com a do comitê de organização, se notará que o nome de M. Hull foi eliminado para que não recebesse nenhum cargo, embora gozava de fama como “um dos melhores oradores”. É claro que M. Hull não esteve de acordo em todas aquelas coisas, e “mais tarde se retirou deles”.

Nesse tempo, a nova Sociedade Publicadora foi organizada como uma companhia funcional bancária, tendo controle completo aquela Sociedade Publicadora. Todos os membros deste Comitê eram devotos seguidores de James White. Desde aí em adiante as novas doutrinas e as “visões” da senhora White foram promovidas, trazendo como resultado a formal organização da denominação Adventista do Sétimo Dia em 1863, exatamente dois anos mais tarde.
Os ministros da “Igreja de Deus” desde muito antes a 1860 tinham previsto todos estes acontecimentos (desde muito antes, segundo alguns registros que existem), em 1860 e 1861 convocaram uma conferência de Estado (Mich., Ohio, etc.) para organizar a Igreja de Deus em uma forma geral. Em 1861 se apresentou um projeto pela Legislatura do Estado de Michigan, o qual abriu o caminho para uma melhor organização das igrejas. A “Igreja Adventista do Sétimo Dia” foi organizada também no Estado de Michigan em 1863.

A IGREJA DE DEUS JÁ FUNCIONAVA COMO UNIDADE ORGANIZADA ANTES DE QUE SE ORGANIZASSE A IGREJA ADVENTISTA.

Cremos que o leitor por si mesmo pode ver pelas partes históricas seguintes, que a “Igreja de Deus” não só existia por centenas de anos antes de que se promovesse o movimento ASD (Promovido em 1860 e organizado em 1863), a Igreja de Deus (do 7º Dia) começou o processo de uma formal organização desde muito tempo antes a 1860, (Tinha sido organizada localmente convocando conferências de Estado começando pela parte oriental, desde muitos anos antes a esta data, existindo a organização por congregações).

1849 – 1860: C.W. Stanley (Ministro da Igreja de Deus) escreveu: “Conservava eu estreita relação com alguns que prevaleciam até no fanatismo, mas nenhum, ao menos até onde eu sei, reconhecia as “visões” da senhora White, nem aceitavam com espírito sereno seus testemunhos.

A tendência era rechaçar todo aquele dom”. – C.W. Stanley. “De modo que temos uma razão muito grande para nos regozijar porque o Senhor guardou pura sua igreja”. C.W. Stanley (Wis.).
Renunciando a seu ministério: “Como o ofício de um bom ministro de Jesus Cristo o desempenhei tão pobremente, em minha administração da Mensagem do Terceiro Anjo na “IGREJA DE DEUS”, durante os onze anos passados, neste dia (ano de 1860) renuncio a este sagrado ofício”. C.W. Stanley.
NOTA: 1860 menos onze anos é o ano de 1849, tempo que C.W. Stanley reportou que tinha sido um ministro da “Igreja de Deus”. A declaração da renúncia foi um procedimento de “aposentadoria”, escrita por um ministro que parece ter sido devoto à causa pura da IGREJA DE DEUS para reter a pureza da doutrina.

1859: Iowa, Wisconsin, Minnesota, Illinois, Ohio e Nova Iorque (sete estados no total) reportaram possuir lugares de campanha nas que faziam suas reuniões no ano de 1859.

185? – 1861: “Sua casa (de Juan Hall) foi um lar para “os cansados e trabalhados por muitos anos (anteriores a 1861). Seus desejos foram cumpridos até onde foi possível. Por muitos anos ele foi uma coluna trimestral por diferentes parte com os grupos da igreja, e depois se obteve uma reunião geral estando presente um grande número de assistentes. Então os irmãos começaram a sentir a necessidade de ter um hinário próprio; em conformidade com isso se nomeou um comitê dos seguintes irmãos: Gilbert Cranmer, Juan Reed, José Porkins, Daniel Tiffany e Phillip Strong Jr. De tudo isto resultou um hinário (sem música) de cento e cinco hinos, o qual se imprimiu em 1862. O seguinte passo para o progresso foi a aquisição de uma imprensa, a que foi dirigida por H.S. Dillo, que era um impressor experiente”. Ancião G. Cranmer.

NOTA: H.S. Dillo depois veio a ser o editor de “La esperanza de Israel” ( A esperança de Israel), que primeiramente foi publicada em Hartford, Michigan, em 10 de Agosto de 1863.

1861, 6 de Agosto – James White, falando dos observadores do Sábado que não eram Adventistas, diz: “Alguns asseguram que eles estavam organizados sob o nome de “Igreja de Deus”, e portanto eram uma organização independente à Adventista do Sétimo Dia; também se conta que tinham seus escritórios aonde arrumavam todos seus assuntos, etc.”. (Isto foi um ano antes de que o ancião Snook, reportasse que os Adventistas estavam pensando em organizar-se melhor. Dois anos depois, 1863, organizaram-se como Adventistas do Sétimo Dia.

1861, 1º de Janeiro – “Eu sou um membro da IGREJA DE DEUS neste lugar”. (Prova posterior de sua existência) – O. Haffer, Attica, Ohio.

Os dados proporcionados nestas páginas revelam a existência da “Igreja de Deus”, localmente em vários Estados, desde os primeiros dias da América.

Agora citaremos algo dos reportes dados por James e Ellen White, durante suas viagens pelos Estados do Oriente – (1861 – 1862) entre grupos e igrejas observadoras do Sábado. E desde o momento que não havia a organização dos Adventistas todavia, quem eram aquelas igrejas locais?

Embora os White estavam promovendo uma nova organização, seus testemunhos com respeito a suas experiências naquelas viagens revelam a “surpreendente” oposição das igrejas observadoras do Sábado por volta da causa Adventista do Sétimo Dia e as “visões” de White”.

O leitor deve tomar em conta que os White, nas seguintes porções, usavam promiscuamente as palavras de “organização” e “anti-organização” para cobrir suas publicações. Suas publicações realmente eram as “visões” da senhora White, As novas doutrinas errôneas, e a promoção do novo nome “Adventistas do Sétimo Dia”.

Roosevelt, New York (1861):

O ancião White falou aqui em uma conferência, usando a passagem de Apocalipse 3:17, e referindo-se à rebelião de Coré, Datã, e Abirão, contra Moisés, como um exemplo. O sermão de White revela uma séria rebelião em New York, contra a missão que os White levavam”. (Ref. ao R. & H., Vol. 18, Núm. 12, Agosto de 1861, pág. 92, “Viagens pelo Oriente”). Na página 92, lemos: “Retirar-se da igreja por causa de ofensas, é contrário aos princípios do cristianismo”.

Comentário: Como poderiam os irmãos de New York estar-se retirando da “Igreja” a qual ainda não estava organizada? A igreja de New York tinha existido por muitos anos antes como um grupo local. Estas declarações manifestam a tática usada para “imbui-los” em suas “visões”.

Mannsville, New York, 1861:

“A Igreja aqui passou por algumas provas difíceis, desde que a visitamos faz ao redor de dois anos. Naquele tempo havia aparentemente boa unidade; mas logo depois alguns puseram seus “dons espirituais” a prova desta maneira, e não quiseram ouvir seus irmãos mais velhos na mensagem que eles, digo que não quiseram lhes ouvir em nenhuma reunião, e depois de algumas contenções, foram-se”. Dito por James White (R. & H., Núm. 13, pp. 400, 27 de agosto de 1861).

Comentário: A igreja de Mannsville, N.Y. rechaçou aos White.

Igrejas dos Estados Orientais:

“Em nosso percurso pelo oriente, até agora nos parece estar rodeando pela influência da incerteza tão simples sobre o tema da organização. Isto é tal como se podia esperar das circunstâncias conectadas com a introdução do tema entre nós”. Dito por James White, R. & H., # 13, 27 de agosto de 1861, P. 100.

Comentário: “A incerteza tão simples”, que James White diz, refere-se à rejeição de seus ensinos e “visões” de Ellen White. Note o termo “rodeando” que usa, o qual significa claramente uma extensiva oposição.

Pennsylvania, 1861:

“Os irmãos da Pennsylvania vieram contra a organização…” Dito por J. Chite (mesma referência citada acima).

Comentário: As Igrejas de Deus de Pennsylvania realmente votaram contra a aceitação de um “novo movimento”.

Ohmio, 1861:

Nossa causa foi sacudida tremendamente em Ohmio. Teve que sofrer por onde queira. Se os ministros de experiência tais como o irmão Ingraham, o irmão Andrés e o irmão Whoeker tivessem falado a tempo e decididamente sobre o tema (da organização), muito do que agora está arruinado, teria se salvado”. Dito por James White (Mesma referência do R. & H. de 27 de Agosto de 1861.)
Comentário: Ohio era um forte apoio das Igrejas de Deus nesse tempo. Tinham uma Conferência de Estado bem organizada. Nota: Ao dizer J.White que sua causa foi “sacudida tremendamente”, significa que eles (os White) foram seriamente sacudidos, porque seu plano e suas doutrinas foram rechaçadas em Ohio.

O seguinte é uma cópia reimpressa de uma carta do Comitê de finanças da “Igreja de Deus” em Ohio.

Sem um exame que proporcione luz sobre o tema, Ohio não pode submeter-se ao nome de Adventistas do Sétimo Dia, nem em via de prova nem como um nome apropriado para o Povo de Deus. Sendo que o Comitê de Finanças foi nomeado na última conferência, e tendo agora em nossas mãos os meios para levar adiante nossa causa em Ohio, mas conscientemente não podemos gastar esses recursos em outra coisa que não seja o entendimento da verdade da “Igreja de Deus”…Assinada por J. Dudley, L.E. Jones, J.P. Fleming, Comitê de Finanças de Ohio.

New York, 1861:

Aqui os White disseram que as igrejas de New York estavam em uma “Perfeita Babilônia”. (27 de Agosto, 1861, R. & H.).

Comentário: Estas igrejas simplesmente se opunham às “visões” de White. Os White neste caso estavam usando o “Reverso da psicologia”.

Buck’s Bridge, N. Y., 1861:

“Aqui estavam os assentos vazios de diferentes famílias que acostumavam reunir-se na casa de oração em Bridge, por exemplo, Byington, Hilliard, Graves, White, Meadhy e Folshaw, estamos atônitos ao pensar que a balança da influência está em contra, e em silêncio, sobre o tema da “organização”. Dito por James White, R. & H. 3 de Set., 1861.

Comentário: “A balança da influência” parece ter estado sustentando-se firme na fé original da Bíblia. Esta foi a grande “surpresa” desalentadora de James White e sua esposa.

Iowa & Ohio, 1862: (Pennsylvania e New York também)

“Em Ohio, esta (anti-organização) aumentou tão rapidamente, para arruinar nossa causa nesse Estado, e viveu só com a esperança de que alguém escapasse oportunamente. Na Pennsylvania e no sul de New York, também aumentou com temíveis resultados. Os irmãos votaram contra a organização e nos enviaram um informe de sua decisão para publicá-lo… Em Iowa o espírito de rebeldia e confusão ameaça destruir tudo… Dito por James White, R. & H., 3 de Set. de 1862.

Comentário: O que chama a “rebelião de Iowa” destruiu todos os planos dos White, e o povo permaneceu firme, unido solidamente à causa da verdade da Igreja de Deus. A numerosa oposição entre as Igrejas de Deus observadoras do Sábado foi muito extensa, ao grau que mereceram agudos comentários dos White nas páginas do R. & H.
Wisconsin, 1860 – 1862:

Os grupos e ministros de Wisconsin freqüentemente são mencionadas como um grupo de “rebelião”, porque se opunham ao movimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Em 1860 (em 13 de Novembro) os White comentavam, com respeito ao Mauston Wis., o seguinte: “Aqui há um bom número de observadores do Sábado…” Mais tarde os White pontuaram aqueles observadores do sábado de rebeldes em contra do movimento de “fanatismo” dos Adventistas do Sétimo Dia.

Michigan, 1862:

Na Calcedonia: “Os observadores do Sábado ali não estavam em condições de garantir a organização da Igreja (Adventista do 7º Dia) …Desistindo prematuramente”. Dito por James White, R & H., Vol. 19, #6, P. 54.

No Hillsdale: “Alguns retrocederam não estando preparados para apoiar os “dons” e seguir seus ensinos…” Dito por James White, R. & H., Vol. 19, # 19, P. 148.

Canadá, 1862:

“Fizemos uma visita por New York, Nova Inglaterra e Canadá, faz mais de um ano, e em cada lugar encontramos a deprimente influencia da “anti-organização”, e não se arriscarão na aventura”. Dito por James White, R. & H., Vol. 20, #18, 30 de Set. de 1862.

INTERESSANTE NOTA HISTÓRICA:

New York, 1855:

“Foi publicado em New York um hinário, por James White, que continha a seguinte introdução: “Hinos para os que guardam os Mandamentos de Deus e a Fé de Jesus”. No prefácio também dizia: “Esta obra foi preparada para uso exclusivo da “Igreja de Deus” pulverizada por toda parte…”

Em 1855, James White e sua esposa, Ellen G. White não pertenciam a nenhuma denominação formalmente, mas entretanto eram recebidos pelas igrejas observadoras do Sábado geralmente, até que se desviaram da verdade. Estas congregações eram às que se referia ao dizer as “Igrejas de Deus” pulverizadas por toda parte, no prefácio do hinário, em cujas igrejas se detinham o fazer seu percurso, e das quais receberam forte “oposição”.

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Os fragmentos históricos da seguinte informação aparecem na página 64 do livro denominado “Handbook of Denominations in the U.S.A.” do senhor F.S. Mijem, publicado em Nashville pela Imprensa do Abingdon, 1956.

A IGREJA DE DEUS

“No tempo da imigração dos puritanos a Massachussetts havia sete igrejas em Londres que levavam o mesmo nome de “Igreja de Deus”, membros destas igrejas se estabeleceram em Massachussetts, Pennsylvania, Rhode Island e Nova Jersey, entre os anos de 1664 e 1800. Muitos deles se estenderam pelo Ocidente e a Sul depois da Revolução (Americana); A “Igreja de Deus” em Shrewsbury, Nova Jersey se transladou a Salck West, Virginia, em 1789; mas outro grupo da igreja se fez muito potente em Missouri. A organização formal de todas estas igrejas disseminadas por toda parte, levou-se a cabo no ano 1865, no Estado de Michigan. A primeira Conferência Geral teve lugar no ano de 1899, e o Quartel Geral se estabeleceu em Stanberry, Missouri…”

“Este povo constituía a Igreja de Deus que era Sabbatarian (observadora do Sábado), pois observavam o Sétimo Dia como o verdadeiro Sábado. Certo número de seus membros foi envolto no Movimento Adventista dirigido por Ellen Harmon White, e após trocaram o nome de suas igrejas conforme as suas idéias; mas aqueles que rechaçaram o movimento de E. White, foram organizados sob o antigo homem, “Igreja de Deus”.

Comentário: É importante notar que a Igreja Adventista se formou quase em sua totalidade de membros da Igreja de Deus e da Igreja Adventista Cristã (do primeiro Dia) ao ser surpreendidos pela influência e os White, através das “visões” da Sra. White. Aqueles membros da Igreja de Deus, ao aceitar o novo nome para a organização, promovido pelos White, tiveram que deixar o antigo nome “Igreja de Deus”, e formar agora parte do movimento Adventista.
Uma Segunda divisão de seus membros resultou da organização da Igreja de Deus (do Sétimo Dia) em 1933. Os membros separados puseram seu Quartel Geral em Salem West, Virginia. Estas duas corporações se voltaram a unir em Agosto de 1949, sob o presente nome, “Igreja de Deus (do Sétimo Dia). Um grupo pequeno entretanto, recusou aceitar a unificação e até hoje opera sob o mesmo nome de “Igreja de Deus” (do 7º Dia), com Quartel em Salem West, Virginia. Este grupo minoritário, desde 1949 à data, há-se subdivido quando menos entre grupos”.

“A doutrina teológica fundamental que pratica a Igreja de Deus. A Igreja acredita na infalibilidade das Escrituras, na natureza pecaminosa do homem, no sangue expiatório de Cristo para a redenção do homem, na remissão total dos ímpios e na recompensa dos justos no juízo final; na observância do Sétimo Dia como o sábado verdadeiro, na vida de santidade, na abstinência do cigarro, bebidas alcoólicas e narcóticos, e na abstinência das carnes estipuladas nas Escrituras como imundas”.

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A seguinte informação foi tirada de Religious Bodies”; Vol. 11, Primeira Parte, Publicado em 1936, Departamento de Comércio dos Estados Unidos, Escritório de Censos, Washington, 1941.

“HISTÓRIA E ORIGEM DA IGREJA DE DEUS NA AMÈRICA…

“A Igreja de Deus (do Sétimo Dia) foi organizada formalmente tão logo que os peregrinos chegaram ao novo mundo, procedentes de Londres, Inglaterra em 1642, tempo em que havia sete igrejas locais em Londres que levavam o nome de “Igreja de Deus”.

“No ano de 1664 Esteban Mumford se estabeleceu em Newport, R.I., tendo vindo da Inglaterra; em 1671 se organizou ali uma igreja tendo a William Hiscox como pastor ordenado. Este foi o pastor daquela igreja até sua morte (1704), e então William Gibson foi o pastor, desempenhado este oficio até 1737. Este foi sucedido por José Maxen, que de uma vez foi sucedido por William Bliss, que foi pastor até sua morte em 1808”.

“Durante este mesmo tempo havia igrejas de Deus estabelecidas nas seguintes cidades da Pennsylvania: Newton, Pennepeck, Jottingham e French Creek. Estas igrejas confraternizavam com as Igrejas de Deus de Rhode Island e outras de New Jersey. Algumas das igrejas de New Jersey estiveram em Piscataway e em Cohansey. Estas são as igrejas Sabbatarian (observadoras do Sábado) mais antigas da América. A História da Nova Inglaterra, 1683 a 1769, Capítulo 11, Seção 10, menciona a Esteban Mumford e sua fé em conexão com os Dez Mandamentos como a regra cristã para uma vida sem pecado, e menciona que observava o Sábado em lugar do Domingo”.

“A Igreja Sabbatarian Cristã mais antiga na América esteve conectada com aquela mais antiga de Londres, A Igreja de Mill Yard (Mill Yard: nome de um lugar na Inglaterra), e nos registros daquela antiga igreja se encontra a cópia de uma carta com data 21 de Dezembro de 1680, dirigida à Igreja de Newport, R.I., o que prova a relação mútua entre ambas…”

“No ano 1705, organizou-se uma igreja em Piscataway, N.J., e segundo uma carta de Samuel Hubbard, membro destacado da igreja de Rhode Island, havia ora igreja organizada nesse ano em Noodles Island, lugar chamado agora East Boston, Massachusetts”.

“Tomam Ward, distinto advogado de Newport, R.I., em 1689 foi um membro proeminente da igreja nesse lugar. Ricardo Ward, Governador de Rhode Island, 1741-1742, foi membro da igreja também. O coronel Jobe Bennett era o tesoureiro da igreja em 1763, quem nesse ano formou parte também do Comitê que formulou a Constituição da Universidade de Brownsville”.

“Uma das mais destacadas Igrejas de Deus nos primeiros dias da História da América foi a igreja em Shrewsbury, N.J. O ministro Davis era o pastor de dita igreja no século dezessete, e outras igrejas de New Jersey foram organizadas como “ramos” daquela igreja. Por exemplo, a igreja de Piscataway foi organizada em 1705. Em Hopewell, pelo mesmo tempo, foi organizada outra igreja.

Os documentos destas igrejas podem estar disponíveis até, e na História dos Batistas do Sétimo dia (History of the Seventh Day Baptists) por Randolph, também as menciona como umas das igrejas Sabbatarian (observadoras do Sábado) mais antigas neste país (U.S.A.). A Igreja de Deus de Shrewsbury, N.J. é a que se foi ao território ocidental e se estabeleceu em Salem West, Virginia. Neste mesmo tempo também havia igrejas organizadas em Lost Ceek, W., Virginia. e também em Fork del Sur de Hughes River, W. Virginia”.

“Entre os anos de 1845 e 1860 se formou uma conferência de Estado que começou a funcionar em Missouri, Iowa, Wisconsin, Minnesota, Illinois, Ohio, Michigan, New York, Vermont, Massachussetts, Connecticut, e outros estados. Compraram-se duas capas (tipo toldo de feiras) para evangelismo e operavam no Estado de Iowa em reuniões de avivamento. Outras capas também funcionavam durante os meses de verão em outras Conferências de Estado”.

“No ano de 1861, convocou-se uma Conferência Geral em Battle Creek, Mich e alguns favoreceram a idéia da suposta profetisa adventista da nova organização, por algumas razões que os White exporam. Devido à impetuosa insistência daquela profetisa, alguns recomendaram a mudança do nome em várias partes do país. Mas houve um REMANESCENTE que se opôs a sancionar para pô-lo em lugar do nome bíblico “Igreja de Deus”, doze vezes mencionado no Novo Testamento. Portanto, estes últimos voltaram a convocar uma assembléia em Battle Creek, Michigan, e no ano seguinte lançaram um periódico chamado “El Rmanente de Israel” (O Remanescente de Israel), que foi publicado mensalmente, mais tarde se publicou cada semana a troca desse nome pelo de “El Abogado del Sábado” ( O Advogado do Sábado), cujo nome também mais tarde se trocou ao de “El Abogado da la Biblia” (O Advogado da Bíblia), que é até a presente publicação. Os escritórios centrais da Igreja foram transferidos de Battle Creek, Mich. a Marion, Iowa, e o periódico publicado ali por vários anos se trocou a Stanberry, Missouri. Ali foi quando o nome de Abogado del Sábado” foi trocado ao de Abogado de la Bíblia”.

“A Reorganização: No outono se convocou uma reunião geral de muitos ministros e dirigentes da igreja para estudar o plano de uma organização mais exemplar e mais adaptada à organização dos tempos bíblicos. Esta reunião teve lugar em Salem West, Virginia, em 4 de novembro de 1933. Ministros e anciões locais das Igrejas de Deus de muitas partes do mundo foram convidados para assistir e propor alguns nomes de ministros que favorecessem o plano da reorganização. 145 nomes foram selecionados naquela assembléia. Destes nomes se escolheram os oficiais respectivamente, para as diferentes atividades conforme à organização escritural. Houve 12 homens escolhidos como guiadores espirituais, conhecidos como apóstolos (I Cor. 12:28) e 70 para Anciões, e 7 como mordomos de negócios (Atos 6:1-6).

“Ali também unanimemente se votou porque o Quartel Geral da Igreja se trocara a Jerusalém, Palestina, e que todas as igrejas de todas partes do mundo considerassem a este como o Quartel Mundial, já que a obra previamente começou em Jerusalém”.

“Este corpo retém a forma apostólica da igreja primitiva e que consiste de: os doze, os setenta, os sete, os anciões, os supervisores, os ajudadores, e os discípulos”.

“Os Doze têm supervisão sobre a obra de todo o mundo; os Setenta estão dedicados ao ministério evangelístico no mundo; os Sete fiscalizam e dirigem os negócios da igreja; os Anciões são entregues ao ministério da pregação e à oração; os Supervisores, sob a supervisão dos Doze, tomam cuidado dos assuntos da igreja, por seções, por Estados e por países, por territórios, e lugares segundo as necessidades o requerem. Os ajudadores são dedicados ao avanço da obra de acordo como o Senhor proveja os meios, os talentos e as oportunidades; os discípulos são entregues também nas mãos do Senhor e dispostos a fazer sua vontade…”
“…No ano de 1863 havia muita gente por várias partes dos Estados que tinham a fé da observância do Sétimo Dia, e pensavam no pronto retorno de Jesus, mas estes nem tinham estado conectados com os Adventistas do Sétimo Dia, nem sabiam nada a respeito das “visões” da Senhora E. G. White. Estes grupos estavam pulverizados e sem organização. No Verão de 1863 se associaram organizando-se todos, e começaram a publicação de um periódico mensal chamado “A Esperança do Israel”. O primeiro número saiu em 10 de Agosto de 1863, e foi editado em Hartford, Michigan. Enos Easton foi o editor, e Samuel Davison e Gilbert Cranmer eram os dirigentes da obra. Alguns dos que sustentavam o periódico tinham uma semi-organização com o nome de “Igreja de Cristo”, enquanto que todos os outros se conheciam com o nome de “Igreja de Deus” mas viviam unidos na fé e na doutrina da Segunda vinda de Cristo e em muitos outros pontos doutrinais, e se opunham abertamente a aceitar as “visões” da Sra. E. G. White.”
“A publicação do periódico logo se trocou a Waverly, Michigan, aonde continuou esta publicação até Outubro de 1865, quando ficou suspensa por falta de sustento financeiro.”

“No mês de Maio de 1866, foi revivida “La Esperanza de Israel” (A Esperança de Israel), sendo publicada agora em Marion, Iowa, por uma associação de alguns do grupo original e outros que se uniram a eles sob o nome de “Sociedade Publicadora Cristã”. Este movimento tinha recebido a valiosa cooperação dos proeminentes ministros que sempre tinham recusado aceitar a inspiração da Sra. E. G. White, e estavam unidos à Igreja de Deus. Estes eram B. F. Snook e W. H. Brinkerhoff, que junto com o W. E. Carver, eram os dirigentes daquela obra que tinham revivido, (La Esperanza de Israel). Mais tarde Jacob Brinkerhoff veio a ser um dos dirigentes principais. O nome de “Igreja de Deus” era usado geralmente por aqueles irmãos e logo foi considerado como um nome distintivo. Os ministros geralmente eram evangelistas, e as igrejas locais eram estabelecidas por todo o país”.

HISTÓRIA DA IGREJA NO MÉXICO

HISTÓRIA DA
IGREJA DE DEUS DO SÉTIMO DIA
NO MÉXICO

PELOS MINISTROS:
ALBERTO GARCIA BECERRIL
&
CARLOS GARCIA BECERRIL

HISTÓRIA DA IGREJA DE DEUS (Do Sétimo Dia)

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO:

Partimos do fato de que a história da igreja é um registro, não um meio de salvação. A igreja tem uma função, a função de testemunhar a respeito de Cristo e seu ensino (Atos1:8; 5:32). “Testemunhas de Cristo” significa que testemunhamos que ele é o Messias conforme às Escrituras. Testemunhamos da doutrina que pregou conforme às Escrituras e que a transmitiu do Pai formando uma fé, a fé que pratica a Igreja de Deus, ou o que se chama doutrina de fé, pela qual disputamos em todos os séculos (Judas 3).

A história do cristianismo, ou seja, dos verdadeiros crentes em Jesus, não é a história feita pela igreja. A história da igreja não a fizemos nós, mas sim o tempo e os homens a têm escrito. Muitos desses homens se caracterizaram, como fortes inimigos do cristianismo. Veja por exemplo, Ester 3:8 e Atos 4:16-19.

A IGREJA, MEIO DE SALVAÇÃO

A Igreja não salva, é só um meio para salvar as almas, como foi a arca de Noé nos tempos antigos. Deus ordenou que se fizesse aquela arca, por meio da qual ele ia salvar de morte ao que aceitasse entrar nela. Essa é a função da igreja, ficar como um meio para que Deus faça sua obra de regeneração em quem aceita entrar nela.

No histórico exemplo do encontro de Jesus e Saulo, não foi Jesus quem lhe abriu os olhos depois de havê-lo machucado com cegueira. Sabia que tinha uma igreja operando no mundo, e por isso ordenou a Saulo ir a essa igreja para que ali lhe tirassem aquelas escamas, e adiciona: “Ali te dirão o que deves fazer”. (Atos 9:6, 10-18).

CARACTERÍSTICAS DA IGREJA QUE DEIXOU ESTABELECIDA

Em primeiro lugar, os crentes deviam ter o nome de Deus escrito em suas testas, João 17:6,11,26; Apoc. 14:1,2; II Cor. 1:1; 10:32; 15:9; I Tim. 3:5,15.

Outra característica da Igreja de Deus é que seria observadora do dia Sábado e dos Mandamentos de Deus. Mat. 19:16-19; Apoc. 14:12; 22:14.
Outra característica é que a igreja foi batizada com o Espírito Santo. Atos 2:1-4; e que é depositária deste dom celestial. I João 2:20; I Cor. 3:16.

Outra característica é que a Igreja de Deus tem a doutrina genuína por meio do Espírito Santo. João 14:26; 16:13.

Esta igreja, com todas essas características, ficaria no mundo, guiada pelo Espírito Santo, até a Segunda vinda de Cristo. Mateus 16:18; 28:20. A profecia fala de sua existência, Daniel 7:25 (menciona “os Santos do Altíssimo”); Apoc. 17:6 (menciona “os Santos”). Seu povo seria açoitado e levado a morte quando aparecesse o Papado. Se estes Santos não são a igreja que Jesus deixou fundada, quem são estes então? Como se identificam?

A HISTÓRIA DESDE 1900 EM DIANTE

Para esta data a Igreja de Deus já tinha entrado em continente Americano proveniente de diferentes países da Europa; para esta data a Igreja de Deus já tinha testemunhado do broto do protestantismo e do nascimento de muitas seitas protestantes. Algumas dessas igrejas para esta data já se haviam convencido da verdade do repouso do dia Sábado e abraçaram esta prática.

As Igrejas Batistas e algumas Adventistas são um exemplo deste fato histórico, porque antes de estar em contato com as Igrejas de Deus não guardavam o Sábado. O lamentável foi que só a doutrina do Sábado aceitaram ditas igrejas; o resto de sua doutrina é muito parecida com o credo do protestantismo. Mais surpreendente ainda é o fato de que algumas igrejas protestantes tinham adotado o nome de “Igreja de Deus” para chamar a seu movimento religioso.

No ano de 1899 os ministros da Igreja de Deus, reunidos em Assembléia Geral, em uma pequena cidade dos Estados Unidos, chamada Stanberry, do Estado do Missouri, começaram a estudar a proposição de incorporar todas as (congregações das) Igrejas de Deus com uma sede estabelecida nesse país. A obra então estava disseminada pelos Estados de Michigan, Iowa, Califórnia, Oregon, Washington, Texas, Oklahoma, Arkansas, Alabama, Louisiana, Carolina do Norte, Tenesse, Wets Virginia, Pensylvania, Kansas, Nebraska e o Sul e o Norte de Dakota.

Neste tempo muitos dos chefes da igreja tinham morrido. Em 1900 morreu o irmão A.C. Long, guia da igreja no Missouri. Em 1903, à idade de 89 anos, morreu o irmão Gilbert Cranmer. Depois, no ano de 1910, morreu o irmão A.F. Dugger, pioneiro da igreja em diferentes lugares.

Alguns daqueles que tinham morrido não coincidiam com a idéia de estabelecer uma sede geral das Igrejas de Deus. Mas ao fim este projeto se realizou, pondo como presidente da Conferência em 1914, o ministro Andrew N. Dugger, filho de A.F. Dugger, que tinha morrido recentemente. Desde ali começou uma década de lutas na igreja devido ao estabelecimento daquela Conferência.

Entretanto, A.N. Dugger exerceu uma grande influencia na igreja. Em 1923, a Conferência Geral de ministros, aprovou adicionar a cláusula de “sétimo dia” no nome de “Igreja de Deus”, devido a que já havia algumas igrejas guardadoras do Domingo que tinham adotado o nome de “Igreja de Deus”.

Mais tarde as igrejas de Deus no México decidiram usar o agregado de “Sétimo Dia”, mas dentro de um parênteses, por não ser parte do nome, a não ser para uma distinção. Assim está no protocolo de registro da Organização da Igreja de Deus ante a Secretaria do Governo deste país.

HISTÓRIA DA IGREJA DE DEUS

CAPITULO II

Na parte anterior dissemos que no ano de 1923 os ministros decidiram adicionar no nome de Igreja de Deus o agregado de “Sétimo Dia”, por haver já nesse tempo outras igrejas com o mesmo nome. O nome com o agregado se leu da seguinte maneira: “Igreja de Deus” (Sétimo Dia). No México pelas mesmas razões, adicionou-se no nome esta característica “do Sétimo Dia” (isto dentro de um parênteses) por não ser parte do nome escritural. Desta maneira ficou registrada a igreja, em 1924, ante a Secretaria do Governo, sob protocolo, na cidade do México.

Igualmente, para 1923 nos Estados Unidos, os ministros daquele tempo e devido ao crescimento da obra em outros países, estudaram a possibilidade de fazer publicações da doutrina da Igreja de Deus em Alemão, em Hebreu e em dois dialetos da Índia; assim mesmo sustentar sete ministros na China.

Também nessa Conferência se discutiu sobre a possibilidade de estabelecer a operação de publicações no México. A Conferência da Igreja de Deus tinha nesse tempo contato com membros da Igreja de Deus nas Índias Ocidentais, África, Índia, Europa e Centro e América do Sul.

A Conferência Geral nesse tempo atuava como um meio para manter as Igrejas de Deus unidas, mas com um sentimento “anti-organizacional”. E este sentimento ou modo de crer se publicava em sua revista “El Abogado” (O Advogado). Existem documentos em que a Igreja dos Estados Unidos, em 1920 operava em forma autônoma. As Igrejas e ministros apoiavam e reforçavam o sistema de um auto-governo dentro de cada igreja local.

No tempo do ministro A.N. Dugger a igreja teve certo avanço quanto a seus membros, mas também começou uma década de lutas ministeriais, pois a igreja começou a experimentar reformas quanto à forma de dirigir as finanças. Dugger observava que alguns ministros mandavam dízimos dos membros por correio. Para deter este fluxo de dízimos diretamente para os ministros, começou a convencer aos membros de todas as partes a que remetessem seus dízimos ao tesoureiro da Conferência Geral ou ao tesoureiro do Distrito. Isto propiciou que os membros se confundissem a tal grau que alguns os enviavam a seus ministros, outros à Conferência Geral e outros, ao fim, retiveram seus dízimos.

Os ministros que deixaram de desfrutar dos dízimos em sua própria igreja começaram a fortalecer a oposição contra a organização nacional, que afetava o sistema de governo local das igrejas. Embora, no sentir de outros, despertou por isso o espírito missionário.

Em 1927, em à reunião da Conferência que teve lugar em Rich Hill, Missouri, tomou a resolução de que não se “aceite nenhuma doutrina que não seja passada pela Conferência Geral”. E se referiam muito especialmente ao ato de deixar as instruções bíblicas com respeito a um governo interno na igreja, e não um governo nacional, como o estava fazendo a Igreja Adventista.
Desde 1924, a idéia de estabelecer um governo que consideravam ser mais bíblico, começou a ter influência entre vários ministros, apoiando a proposição do ministro A.N Dugger. Esta idéia era estabelecer um governo encabeçado por 12 (apóstolos), 7 (Diáconos Universais) e 70 (missionários) que denominaram “profetas”. Os apóstolos seriam como supervisores da obra mundial e com nomeação que só seria tirado pela morte; Os “profetas”, seriam missionários que sairiam no plano de evangelismo a outros países, de dois em dois; Os 7 diáconos, seriam os administradores da finanças, apoiando isto em Atos 6.

Por outro lado, um dos ministros destacados naqueles anos, que se chama (porque vive ainda) Frank M. Walker, encabeçou aos ministros que se opunham a esta forma de administrar a igreja.

UM QUARTEL GERAL

Desde muito tempo antes o ministro A. N. Dugger, que, em 1931 foi nomeado Editor da revista “El Abogado da la Biblia (O Advogado da Bíblia), fazia a proposição de estabelecer o centro de Operação ou Quartel Geral da Igreja de Deus em Jerusalém. A Conferência Geral comissionou a este ministro para visitar Jerusalém, nesse ano de 1931, para ver se as possibilidades eram propícias para estabelecer os Escritórios Gerais da Igreja de Deus em Jerusalém, Palestina.

A. N. Dugger partiu com sua família para Jerusalém em 31 de Outubro de 1931. E o ministro John Kiesz, lhe ordenou deslocar-se de Dakota do Sul, aonde pastoreava uma igreja, a Stanberry Missouri, aonde estavam os escritórios Gerais, para fazer-se cargo da Edição do Abogado de la Biblia.

Dugger retornou de Jerusalém um ano depois, no mês de Outubro de 1932. Mas, segundo isto, os escritórios da Igreja não sofreram mudança alguma, porque continuaram no Stanberry, Mo.

ANO DE NOMEAÇÕES

Na reunião da Conferência Geral, que se realizou no mês de Agosto de 1933, manifestou-se o descontentamento de vários ministros sobre a proposição de estabelecer os Doze, os Setenta e os Sete, como o Governo principal da Igreja de

Deus mundialmente, uma idéia que por quase uma década estiveram trabalhando em suas reuniões anuais.

Ao eleger o novo Presidente da Conferência, 2 nomes resultaram os mais idôneos para esta função, o de A. N. Dugger e o de A. S. Christenson. Mas na votação tiveram igual número de votos, então William Alexander, ministro que estava presidindo a sessão da conferência, pôs seu voto a favor de A. S. Christenson para quebrar o empate e obter que Christenson ficasse na Presidência. Isto desgostou ao A. N. Dugger, porque não ficando ele como Presidente da Conferência, não poderia levar a cabo seu plano da nova organização mundial.

HISTÓRIA DA IGREJA DE DEUS

CAPITULO III

Passada a Conferência ou Assembléia Geral do Ministros, tida em Stanberry Missouri, no mês de Agosto de 1933, na qual se nomeou o novo Presidente da Conferência, ofício que por votação caiu no ministro A. S. Christenson, houve grande descontentamento no ministro A. N. Dugger, porque não sendo ele o Presidente lhe seria mais difícil levar a cabo sua idéia de estabelecer um governo na igreja de Doze, Setenta e Sete.

Molestado por esta determinação enviou ao redor de dez mil cartas a membros da Igreja nos Estados Unidos, e escreveu também aos ministros de 25 países, convidando-os a apoiar o plano “bíblico” sobre o governo da igreja e a orar por este plano. Em suas cartas lhes convidava também a assistir a uma urgente Conferencia Geral, que se celebraria em Salem, West Virginia, EE. UU. (e não no Stanberry, Mo.) para no dia 4 de Novembro de 1933.

Tudo isto era com o fim de preparar aquela reunião de 4 de Novembro de 1933 em Salem, West Virginia. O ministro A. N. Dugger convidou a todos os ministros e membros reunidos em Salem na sexta-feira 3 de Novembro, que passassem a noite orando a Deus. Assim foi, passaram a noite orando e na parte clara do dia jejuaram. No dia de Sábado, 4 de Novembro ficou uma urna que continha 140 nomes de ministros de diferentes parte, escritos em uma pequena boleta. Este grupo reunido em Salem estava iniciando as reformas que eles sentiam que eram necessárias para restaurar a Organização conforme às Escrituras na igreja. A eleição dos Doze e os Setenta tinha que ser feita por sortes – ou seja, tirando as boletas com os nomes escritos, da urna.

Diz-se que uns minutos depois das 11 da manhã, depois de uma breve oração em silêncio, começaram-se a tirar da urna os nomes dos doze, um por um. Depois disto seguiram os setenta, no mesmo sistema. Finalmente a congregação reunida elegeu aos membros dos sete, por sorte, igualmente. Depois disto seguiu um serviço de oração, que durou até muito tarde do dia de Sábado.

Deve esclarecer-se aqui a maioria de ministros eleitos, seja para Doze ou Setenta, não estiveram presente e alguns nem sequer souberam de que seus nomes tinha sido postos na urna. O ministro O. D. Grinn, foi o secretário de minutas naquele dia 4 de Novembro de 1933. Os nomes que resultaram eleitos para a organização dos doze, foram:

1) J.M. Orem-Naeren, da Noruega,
2) F.C. Robinson, de Missouri, U.S.A,
3) R.A. Barnes, de Arkansas, EUA
4) R.L. Tailor, de Oregon, EUA
5) C. Haywood, de Michigan, EUA
6) W.W. McMicken, de West Virginia,
7) C.E. Groshans, da Índia,
8) Henry Wood, de Massachusetts, EUA
9) Román R. Sáenz, de Coahuila, México,
10) H. Negby, da Palestina,
11) Jonh Kiesz, de Missouri, EUA
12) Charles L. Royer, de Connecticut, EUA

Por razões de espaço se omitem os nomes dos Setenta, mas sim é bom anotar que 49 destes nomes eram dos Estados Unidos da América do Norte, 5 da América Central, 4 do México, 5 da Índia, 1 da Palestina, 2 da Índias Britânicas, 1 da China, 2 de Londres, Inglaterra, 1 da América do Sul.

Os nomes dos Sete foram:

1) A.N. Dugger, de Missouri, EUA
2) C.O. Dood, de West Virginia, EUA
3) John Breneiso, de Dakota do Sul, EUA
4) Hugh Miller, de Nebraska, EUA
5) F.M. Summers, de West Virginia, EUA
6) John Adams, de West Virginia, EUA
7) R.E. Winsett, de Tennesee, EUA

A IGREJA SE DIVIDE EM 1933

Desde esse dia (4 de Novembro) a igreja foi dividida em duas organizações diferentes. Uma destas era o corpo original da igreja, que continuava como uma conferência Geral com escritórios em Stanberry. O outro ramo da Igreja de Deus se estabeleceu em Salem, West Virginia, ambos os corpos nos Estados Unidos. O grupo que se apartou em 1933, considerou-se a si mesmo a Organização da Igreja Apostólica do Livro dos Atos. E se identificava da seguinte maneira:

“A Igreja de Deus, Organizada no ano 33 em Jerusalém Palestina, e reorganizada em 4 de Novembro de 1933, Salem, West Virginia, EUA.

Em 6 de Novembro de 1933, a nova Organização de Salem lançou sua primeira revista do Abogado de la Biblia com o mesmo Volume que vinha trazendo a revista original que publicava a organização de Stanberry, Mo. Mas tarde trocou o número do volume original, que era Vol. 67, e pondo o nº 1.

No ano de 1938 havia alguns nomes que figuravam entre os Doze e os 70 de Salem que não sabiam que tinham tal categoria, nem aceitavam tampouco essa organização. Pois estas pessoas trabalhavam com a organização de Stanberry.

DESENVOLVE-SE A IGREJA DE DEUS DO RÁDIO

Herbert W. Armstrong, que foi o fundador da Igreja de Deus do Rádio, a qual mais tarde se conheceu como a IGREJA DE DEUS MUNDIAL. A esposa de Armstrong aceitou o descanso do dia de Sábado em 1926, e desafiou a seu marido se ele não aceitava este descanso bíblico.

No ano de 1927 Armstrong se convenceu da decisão que tinha tomado sua esposa e aceitou o descanso do Sábado e outras doutrinas da Igreja de Deus (do sétimo Dia). Isto fez que Armstrong se fizesse membro da Igreja de Deus em Oregon.

Em 1931, Armstrong recebeu licença Ministerial por parte da Conferência de Estado da Igreja de Deus (do Sétimo dia), e desde então veio a ser pregador da igreja.

Quando aconteceu a divisão da Conferência em 1933, Armstrong decidiu apoiar à organização de Salem de Novembro de 1933. Pouco depois foi posto como um dos setenta.

Em 1934 Armstrong começou um programa de Rádio que lhe chamou “O rádio da Igreja de Deus”, e nesse mesmo ano começou a publicar sua revista que lhe chamou “Plain Truth”, ou seja, a Verdade Pura.

Logo Armstrong recebeu Crédito de Ministro da Conferência de Salem. Seus reportes e artigos eram muito freqüentes nas revistas de Salem. Entretanto, Armstrong ensinava dois pontos doutrinais que a organização de Stanberry nem a organização de Salem ensinavam. Estas doutrinas eram: a observância das Festas Levíticas anuais, e o outro ponto era que os cidadãos de fala inglesa dos Estados Unidos, eram a posteridade de José, um dos doze filhos de Jacó (Israel). Sua insistência na pregação destes dois pontos se chocou com os pontos doutrinais de Salem, e foi cancelada sua credencial no ano de 1937.

Armstrong seguiu sua obra por meio de sua revista e por meio de seu programa de Rádio. No ano de 1947 trocou seus escritórios de Oregon a Pasadena, Calif, aonde fundou o Colégio Ambasador.

A Igreja de Deus Universal (de Armstrong) ensina várias doutrinas da Igreja de Deus (do Sétimo Dia). Essas doutrinas as aprendeu na Igreja de Deus, com exceção de vários pontos de vista proféticos que a Igreja de Deus não aceita por não ser de acordo com as santas Escrituras.

O que aconteceu entre os anos de 1933 e 1949 entre as organizações de Stanberry e Salem?

HISTÓRIA DA IGREJA DE DEUS (do 7º Dia)

CAPÍTULO IV

História da Igreja no México

Segunda Década do Século

Nesta década falamos do ano de 1918 em diante. acabava-se de promulgar a Constituição de 1917, na qual se abolia o poder, quase absoluto, da Igreja Católica, poder que tinha até na legislação, pois tinha obtido o domínio até do próprio governo por meio de sua influência, seus ministérios e seus colégios. Por conseqüência, a religião oficial de fato era a fé católica. Por razão óbvia quase nenhuma igreja evangélica se estabeleceu abertamente na primeira década deste século.

As Leis de 1ª Reforma Constitucional de 1917 ajudaram à formação de igrejas não católicas, e obrigavam às instituições católicas a exercer seus cultos, e seu poder, propriamente dito, unicamente dentro de seus templos; deram oportunidade a todos os cidadãos para expressar seus sentimentos religiosos com toda liberdade. O Artigo 24 da Constituição Política estabelece da seguinte maneira: “Todo homem é livre para professar a crença religiosa que mais lhe agrade e para praticar as cerimônias, devoções ou atos de culto respectivo, nos templos e em seu domicílio particular, sempre que não constituam um delito ou falta penados pela lei”.

Este artigo, de fato, subtraiu-lhe muitos privilégios e até abusos, à Igreja Católica, a qual estava acostumada a ser considerada como a “reina” nos assuntos religiosos, legais e políticos; dali em diante os homens tiveram a liberdade de decidir quanto ao credo que desejassem professar e se considerou legal. Desde 1917 as religiões ou pequenos grupos clandestinos não católicos começaram a manifestar-se publicamente.

Depois desta introdução explicativa congruente, entramos neste capítulo da Igreja de Deus. De fato, no fim desta segunda década do século a Igreja de Deus não tinha membros devido a que o poder católico tinha o controle de tudo.

Entretanto, nos dois últimos anos desta década surgiu uma efervescência religiosa entre os grupos pequenos existentes. Nem todos aceitavam plenamente os pontos de fé que lhes eram ensinados. Três igrejas protestantes formavam os grupos maiores: Batistas, Metodistas e Adventistas. Outras religiões, como as que existem agora, ainda não existiam no país.

Precisamente aquela efervescência religiosa se manifestou em inquietações sobre a administração da igreja e sobre os pontos de credo. Surgiram descontentamentos entre os membros, alguns grupos se desintegraram indo esses membros em busca de uma fé mais fundamentada nas Escrituras. É óbvio pensar que Deus estava impulsionando o espírito dos homens por meio daquela inquietação para tirar gente para seu povo. Porque a obra de Deus é milagrosa.
Assim foi como entre os anos 1918 e 1920 apareceu um grupo de pessoas que desprezaram a 1ª doutrina que professavam e se uniram, em meio de sua confusão, para formar um grupo investigador das Escrituras. A maioria deles tinham sido membros de 1ª Igreja Adventista do Sétimo Dia, que se encontrava então na rua da Agricultura nº 75, da colônia Escandón, do México, D.F. Em suas orações pediam que Deus os guiasse em seu propósito de achar a verdade, procuravam como Cornélio, um homem que lhes ensinasse a verdade no plano de salvação de Deus.

Um dia, por fim, estes homens ansiosos da verdade, reuniram-se todos no domicílio de um senhor de nome Daniel Guevara, e nessa reunião decidiram organizar-se para formar seu grupo definitivamente e estabelecer seus cultos em alguns lares com suas famílias e formar assim uma Igreja.

Alguns dos que formavam este grupo já antes tinham sido ministros nas igrejas a que pertenciam anteriormente. Deste modo escolheram dois para que fossem os responsáveis por aquele pequeno grupo.

Deve esclarecer-se que alguns deles não estavam seguros do repouso do dia de Sábado. Esse foi o primeiro ponto – que discutiram até chegar a uma conclusão bíblica. Fizeram uma análise deste mandamento em todo o Antigo Testamento comparando citações e citações das Escrituras. Depois investigaram a doutrina de Jesus e a de seus apóstolos e descobriram que eles também guardavam o dia Sábado. Isto os levou a conclusão de que a Lei dos Dez Mandamentos era o Código Divino e que o sábado era o coração de dita lei.

Ao fim se tornaram guardadores do Sábado por convicção, mas não sabiam que nome lhe dar a seu grupo. Sua tarefa agora era procurar nas Santas Escrituras um nome que estivesse apoiado pela mesma palavra de Deus. Oraram e jejuaram e depois por algum tempo se dedicaram a estudar a Bíblia com o propósito que se havia proposto. Muitos dias depois e, entre muitas discussões entre eles mesmos por seus diferentes pontos de vista, chegaram a entender que o povo de Deus no Antigo Testamento tinha um nome posto por Deus mesmo. Depois de lerem quase todo o Novo Testamento encontraram que à igreja já não se chamava “o povo do Israel”, mas sim “A Igreja de Deus” e fizeram uma lista das passagens que mencionavam este nome e concluíram que este nome “Igreja de Deus” tinha sido inspirado por Deus mesmo.

Isto prova que o Espírito de Deus estava fazendo sua obra entre aquele grupo que procurava a verdade com oração e jejum. Deus não pode desprezar a ninguém que de coração lhe busca porque ele o declarou assim, dizendo: “Clama a mim, e te ensinarei coisas grandes e dificultosas que tu não sabes”. (Jer. 33:3).

Foi assim como aquele grupo que se pôs nas mãos de Deus, adotou o nome de “Igreja de Deus”. Os nomes dos principais ente aquele grupo eram: Gonzalo Ramírez, Benito Torre, Guadalupe Patiño, Benito Delgado e um licenciado em direito apelidado Legorreta.

Deve-se mencionar outros nomes também, que estiveram participando da investigação da Bíblia, como: Inocencio Dávila, Baltazar Laureano Ramírez, Victor Model, Daniel Guevara, Francisco Carazo, um senhor de sobrenome Rojo e uma senhora de nome Susana viúva de Mendez.
Como aquele grupo não tinha um lugar fixo para suas reuniões, alugaram um salão que estava localizado na rua de 5 de Maio, número 40, no centro. Ali permaneceram por largo tempo. Como os ensinadores que haviam entre eles predominavam aqueles que tinham sido adventistas, o grupo cria a maior parte de doutrinas adventistas, com exceção do repouso do Sábado e o nome da igreja.

Mas é óbvio que Deus os estava guiando à verdade mais e mais. Nomearam como representantes do grupo aos senhores Benito Delgado e Baltazar Laureano Ramírez (que também era licenciado em direito). Este último, de uma maneira que não se sabe como, soube que existia a Igreja de Deus (do Sétimo Dia) nos Estados Unidos da América do Norte, conseguiu entrar em contato com ela e começou a ter comunicação com a Conferência Geral por meio de um ministro de nome C.O. Dodd, o qual mandou literatura da Igreja de Deus e o grupo do México agora tinha uma nova tarefa: a da análise daqueles estudos que recebiam, especialmente os pontos sobre “a herança dos Santos” e “o reino de Cristo”.
Foram reconhecidos imediatamente como Igreja de Deus, ou qual foi o curso que decidiu a Conferência Geral?

HISTÓRIA DA IGREJA DE DEUS (DO 7º DIA)

CAPÍTULO V

Terceira Década do Século

Então a herança dos Santos não é a mansão nos céus?, perguntavam alguns daqueles irmãos que tinham começado a estudar a doutrina da Igreja de Deus a sério. Não cabia em suas mentes esta interpretação bíblica, porque a crença popular da recompensa no céu, estava profundamente arraigada neles. Outro problema também que os fazia titubear com respeito a este ensino era a família. As esposas deles não compreendiam e se opunham, porque tirar essa saudade fictícia de ir ao céu significava para eles perder toda esperança de vida eterna.

Seguia a comunicação, embora muito lenta, entre aqueles irmãos e os representantes da Igreja de Deus nos Estados Unidos. Celebrava-se naqueles dias uma reunião da Conferência Geral na cidade de Detroit, Estado de Michigan, EUA. O presidente daquela Conferência apresentou a prova referente ao aparecimento daquele grupo na Cidade do México, o que causou alegria e surpresa em todos aqueles ministros.

No final da 1ª sessão daquela Conferencia apresentou-se a proposição de enviar uma comissão, ou quando menos um ministro, para conhecer o grupo do México e orientá-lo. Unanimemente se aprovou a proposição, mas o problema era então encontrar algum ministro que falasse a língua do México, de outra maneira a presença de um ministro de fala inglesa seria inútil. Havia ali entre aqueles ministros da Conferência um ministro que falava espanhol, era sua língua mãe, cujo nome era José Manuel Rodriguez (que no México se conheceu unicamente como ministro J.M. Rodriguez). Levantando-se em pé disse: Irmãos, se eu for útil para esta obra, eis-me aqui”. Com esta decisão todos entendiam que Deus estava respondendo às súplicas que elevavam tanto do México como dos Estados Unidos. Deram graças a Deus por esta decisão, oraram pondo nas mãos do Senhor o irmão Rodriguez. Dias mais tarde aquele ministro, enviado da Conferência Geral da Igreja de Deus, chegou ao México, hospedando-se no Hotel Regis, que se localizava na Avenida Juárez do México, D.F.

O dia seguinte foi Sábado e estando reunidos os irmãos na Rua de 5 de Maio nº 40, chegou o ministro J.M. Rodriguez apresentando-se diante deles e dizendo que sua presença se devia a uma resolução que se foi enviado a eles para orientá-los na doutrina e desvanecer todas suas dúvidas em relação à doutrina. Todos lhe deram uma calorosa bem-vinda e o receberam de bom ânimo.

As perguntas que imediatamente surgiram foram estas: És verdade que os Santos não vão ao céu depois de morrer? pode-se provar que Cristo não ressuscitou no primeiro dia da semana quando os evangelhos são explícitos neste caso?

O ministro J.M. Rodriguez começou a usar a Bíblia para explicar texto por texto daqueles que lhe apresentavam os quais lhes pareciam ser o fundamento da crença da ida ao céu. Houve resistência de alguns deles e momentos de acalorada discussão enquanto não entendiam o significado daquelas passagens. O mesmo aconteceu com respeito ao tema da Ressurreição de Cristo. Muitas horas de estudo e discussão lhes custou obter o entendimento destes dois pontos principais do credo da Igreja de Deus.

Algo que é digno de mencionar-se aqui é o fato de que a maioria daqueles que formavam o grupo, tinham entendido estes pontos de fé, mas suas esposas não. E isto lhes trouxe dificuldades familiares de tal modo que alguns casos ameaçam com o divórcio.

Entretanto, nesse mesmo ano de 1923, nos dia 13 de Maio, no salão que ocupavam em 5 de Maio 40, o ministro J.M. Rodriguez nomeou cinco ministros, cujos nomes foram: Baltazar Laureano Ramirez, Daniel Guevara, Legorreta, Benito Delgado e

Inocencio Dávila. Não se sabe por que razão foram nomeados estes ministros sem ter recebido o batismo na Igreja de Deus.

Permaneceu ainda o ministro J.M. Rodriguez na cidade do México até o mês de Outubro do mesmo ano, pregando e ensinando entre eles com o fim de confirmar a doutrina das Santas Escrituras para que aqueles ministros novos continuassem a pregação da Igreja de Deus conforme às Escrituras.

Mas em uns meses de ensino foi difícil que entendessem todos os detalhes da doutrina e por conseqüência seguiam pregando alguns pontos como o tinham aprendido nas igrejas de onde saíram. Não estavam seguros ainda do nascimento do Jesus e tudo o que concerne ao Natal, acreditavam também na Trindade. E não entendendo o tema da Santa Ceia, a qual lhe chamavam “páscoa”, faziam-na matando um cordeiro e comendo-o entre eles.

Começava por aquele mesmo tempo o interesse pela doutrina apoiada nas Santas Escrituras na cidade de Saltillo, Coah., por intermédio de correspondência com o ministro B. Laureano Ramírez. Acessando à petição daqueles interessados na doutrina em Saltillo, Coah., no dia 3 de Outubro de 1923 partiu para aquela cidade o irmão J.M. Rodriguez, o qual não tendo um endereço específico para chegar, hospedou-se no hotel Washington e de ali se comunicou com as pessoas interessadas. Chegou ao domicílio de um irmão de nome Antonio Mejía Gutierrez, o qual, sem perda de tempo, reuniu às pessoas que tinham interesse por escutar a palavra de Deus.

A estadia do irmão Rodriguez naquela cidade foi grandemente bendita por Deus, pois muitos acreditaram no evangelho em poucos meses e muitos foram batizados por aquele ministro nos dia 8 de Abril de 1924. No dia 15 deste mesmo mês e ano foi nomeado ministro o irmão Antonio Mejía Gutierrez, e também se organizou o grupo em uma igreja, ordenando depois também como ministro ao irmão Pedro Casillas.

Para esses dias já se havia aberto uma porta para a mensagem da Igreja de Deus em Parras, Coah., para onde teve que partir depois o irmão J.M. Rodriguez, e aonde se organizou uma pequena congregação nomeando como ministro ao irmão Vicente Carrilo, que ficou como pastor daquele grupo em Parras, Coah.

Depois disto, o ministro J.M. Rodriguez se voltou para Saltillo aonde viu que a obra ia prosperando mais e mais. Então se comunicou com o ministro Baltazar Laureano Ramirez na cidade do México, expressando-lhe a necessidade de organizar formalmente a Igreja de Duas nesta República. O ministro B.L. Ramirez conversou com um de seus colegas de profissão, o Lic. Federico Gamboa, e este, de uma vez, com um licenciado notário, de nome Manuel Andrade com fins de estabelecer as bases legais da organização da Igreja de Deus.

Com este motivo partiram para a cidade de Saltillo para encontrar-se com o irmão J.M. Rodriguez e outros ministros. Ali permaneceram oito dias observando o movimento da igreja.

Ampliou-se o número de representantes ministeriais nomeando como ministros aos irmãos Esteban Jáuregui Córdoba, Benito Rodriguez, Julián Ojeda e Refugio Ojeda. Como diáconos também nomearam aos irmãos Heriberto Guevara, Vicente Donaciano, Manuel Villegas, Magdaleno Tamayo. Depois destas nomeações tiveram-se algumas juntas a nível ministerial estando presente os licenciados Federico Gamboa e Manuel Andrade (Notário). Com este princípio voltaram para a cidade do México para elaborar a Ata Constitutiva a fim de que se protocolizara pelas vias legais. Certamente, isto se levou algum tempo. Foi até 28 de Fevereiro de 1925 quando o licenciado Manuel Andrade convocou a todos os ministros da cidade do México para determinar as pessoas que tinham que ficar encabeçando a Organização da Igreja de Deus.

A organização foi singela, e ficou da seguinte maneira: Como Presidente o ministro Benito Cerda Delgado, como Secretário Geral, o ministro Baltazar Laureano Ramírez, e como Tesoureiro, a irmã Susana Méndez. Em seguida se fez a protocolização da Ata Constitutiva, no Cartório nº 49, localizada na Rua do Doceles, e posteriormente foi alternada à Secretária do Governo com o número de ata de 8020, ficando no expediente igualmente da Procuradoria Geral, sob o número F/272/2.

HISTÓRIA DA IGREJA DE DEUS NO MÉXICO

CAPÍTULO VI

Fim da terceira década e princípio da quarta

CONFERENCIA MEXICANA DA IGREJA DE DEUS

O título de Conferência Mexicana da Igreja de Deus não pertence ao México propriamente, mas sim aos Estados Unidos. Como já se explicou, as igrejas de Deus de fala inglesa desde fins do século passado se organizaram para formar uma conferência, ou seja, uma Confederação de todas as Igrejas de Deus do mesmo credo.

Havia, entretanto, outras pequenas congregações da Igreja de Deus de fala espanhola. Estas não foram integradas naquela Conferência, quem sabe por que razões. Então alguns ministros mexicanos residente no país do norte pensaram unificar-se formando uma conferência integrada pelas igrejas de fala espanhola. Chavarría e Valência (ignora-se o nome destes dois últimos) os que se organizaram sob as mesma bases das igrejas de fala inglesa, e formaram “A Conferência Mexicana da Igreja de Deus”. Os ministros mexicanos daquele tempo, estando em contato com alguns daquela Conferencia Mexicana, optaram por chamar à Organização da Igreja neste país “Igreja de Deus Mexicana” pelo contato que tinham com aqueles.

A Igreja do Pánuco, Ver.

Outra Igreja de Deus que surgiu ao redor do ano de 1825 foi esta, a de Pánuco. Ver. Têm-se provas de que o ministro B. Laureano Ramirez tinha alguns contatos com pessoas daquela pequena cidade. Ao cabo do tempo resultou uma pequena congregação e se construiu um templo na rua de Desiderio Pavão (sem número) (lugar aonde permanece a Igreja de Deus até o presente). Era o ministro Pedro Aparicio quem tinha levantado essa obra.
O ministro B. L. Ramírez designou ao ministro Benito Cerda Delgado para pastorear aquela congregação. depois de B.C. Delgado, tomou o lugar como pastor o ministro Antonio Ramírez Baltierra (filho adotivo e B.L. Ramírez). O comportamento deste ministro, em lugar de acrescentar a igreja, diminuiu-a, e os poucos que permaneceram ficaram sem contato com a Igreja de Deus, transformando-se em uma congregação parecida com a Igreja de Deus, mas em realidade era diferente, porque trocaram alguns pontos da doutrina. Até o ano de 1940 e 41 em que o ministro Alberto García Becerril, comissionado para esse lugar, recuperou dita igreja à ordem e a doutrina da Igreja de Deus. Então se nomeou o ministro Eustaquió García como pastor da congregação, e convertido ao evangelho o irmão Teodoro E. Martinez e nomeado ministro, ficou como pastor por algum tempo naquela Igreja.

Durante o crescimento da Igreja de Deus nos Estados de Coahuila e Tamaulipas, converteu-se o irmão Román R. Sáenz, que radicava então em Nuevo Laredo, Tamps.

No ano de 1927 os ministros de fala inglesa, Andrés N. Dugger e Enis Hawkins, decidiram fazer uma viagem à cidade de Saltillo, Coah., vindo como intérprete deles o ministro J.M. Rodriguez, que conhecia bem a história da formação desses grupos. Como o propósito era reconhecer esta obra mexicana, chamaram o ministro B. L. Ramírez, da cidade do México, para que lhes acompanhasse em seu percurso. Assim foi como visitaram as congregações da Igreja de Deus que estavam em Saltillo, Reventadero e Parras, Coah., assim como a que se encontrava em Nuevo Laredo, Tamps. Por 8 dias estiveram no território Mexicano em companhia do ministro Baltazar L. Ramírez. Durante sua estadia ali nomearam a ministro Román R. Sáenz.

ADQUIRE A IGREJA UMA IMPRENSA

Os ministros da América do Norte que tinham visto a obra no Norte do México, fizeram o possível para ajudar o desenvolvimento da Igreja, e lhes enviaram uma pequena imprensa com o propósito de publicar as doutrinas da Igreja de Deus. Esta imprensa se instalou na esquina que formavam as ruas de Emperadores e Rumania, da colônia Potales. Então ficaram como encarregados deste trabalho de publicações aos irmãos Eleseo L. Ramírez e Antonio B. Ramírez (o irmão e filho adotivo de B.L. Ramirez).
Começou-se a publicar em nome da Igreja de Deus uma pequena revista que levou o nome de “EL Germinal”. Pouco depois outra, que se chamou “Espigas de Oro”.

Ambas continham só uma série de estudos bíblicos curtos, úteis tanto para pregadores como para o público em geral.

Saltillo aparentemente se fazia forte no movimento da Igreja de Deus nessa região e naquele tempo. Depois de nacionalizar-se a igreja ali, ficou como ministro oficiante o irmão Román R. Sáenz, no templo que se achava localizado na rua de Abasolo nº 1509. Este ministro não resultou muito apto como pastor e a igreja teve uma descida em seu crescimento. R.R. Sáenz deixou a igreja e foi se radicar em Nova Rosita, Coah. O ministro Manuel Franco tomou seu lugar como pastor daquela igreja.

Tanto as congregações daquela região como as que estavam na cidade do México adoeciam de várias deficiências doutrinais e tinham interpretado algumas porções da Bíblia como acreditaram que era correto: A Lei de Moisés, acreditavam que devia guardar-se, embora interpretavam alguns aspectos dela em forma simbólica e espiritual. Entretanto, acreditavam que a lei da impureza da mulher estava vigente e a obrigavam; acreditavam que um homem com algum defeito físico, e de acordo com Levítico 21, não podia entrar no ministério; a Santa Ceia, que estabeleceu Jesus, chamavam-lhe “a Páscoa” e para celebrá-la matavam um cordeiro e o comiam com rabanetes e arruda, que consideravam ser as ervas amargas.
No ano de 1929 se converteu no México, o senhor David Arredondo, que possuía o ofício de impressor. Logo foi posto como encarregado da imprensa. Também nesse ano se converteu um irmão de nome Jesus Contreras, que mais tarde tomou o cargo de Diácono na Igreja. No mesmo ano se nomeou ministro o irmão Antonio Ramírez Baltierra, antes de ser enviado para pastorear a Igreja de Pánuco, Ver. Baltierra tomou o lugar de pastor que deixou em sua morte o ministro Pedro Aparicio.

A Igreja florescia tanto em membros como em pessoal ministerial. Nesse mesmo ano de 1929 foram nomeados ministros os irmãos Eugenio Cibrián e Ramón (Enoc), Salas Negrete, desta cidade do México. Pensaram então que a Igreja já não devia reunir-se em casas por aqui e por ali. Eugenio Cibrián adquiriu dois terrenos na colônia Vallejo. Em um construiu sua casa, e o outro o doou para que se fizesse um templo, e foi este o primeiro templo ou Casa de oração que teve a Igreja de Deus na cidade do México. Achava-se localizado na rua do Caruzo nº 124, da Colônia Vallejo, D.F.

A fins do ano de 1929 e 1930 chegaram à Igreja de Deus, procedentes da religião Pentecostés, os irmãos Alberto García Becerril, Felipe García Becerril, Aarón Martinez García, Avelino Ramos, Carlos (Ausencio) Pérez, Teódulo García, José Loyola Mendiola, e outros. Todos estes, uma vez convertidos à mensagem da Igreja de Deus, trouxeram muitas gente das igrejas pentecostais. Os irmãos Alberto García, Felipe García Becerril e Aarón Martíez G. foram batizados no dia 25 de Novembro de 1933, e no dia 2 de Dezembro do mesmo ano se nomearam ministros os irmãos Daniel Hernández e Mota, Alberto García Becerril, Aarón Martinez Garcia e Felipe García Becerril.

O irmão Zeferino L. Ramírez (irmão de B. L. Ramírez) tinha sido nomeado ministro seis meses antes da data anteriormente mencionada.

CHEGA AO MÉXICO O MINISTRO EZEQUIAS CAMPOS AGUILAR

O ano de 1932 era o segundo ano da Presidência do General Abelardo L. Rodriguez. México sofria as conseqüências da recessão dos Estados Unidos da América do Norte. O catolicismo era muito forte. Não era fácil fazer a obra missionária quase por nenhuma igreja evangélica, e muito menos na província. Entretanto, a Igreja de Deus tinha florescido em meio de suas deficiências. Já se tinha formado um ministério, o que se precisava era endireitar alguns pontos doutrinais e se esperava que alguém procedente dos Estados Unidos permanecesse por algum tempo aqui para obter uma estabilidade permanente quanto à doutrina fundamental.

No dia 22 de Outubro de 1932 chegou à cidade do México o ministro Ezequíaz Campos Aguilar, procedente de uma Igreja de Deus estabelecida na cidade de Saginow, Michigan, EUA. Ao chegar a esta cidade o irmão Campos se identificou com os ministros que encontrou e se incorporou a este ministério. Os primeiros ministros que conheceu este ministro vindo de Saginow, foram os irmãos Baltazar Laureano Ramírez e Benito Cerda Delgado. Ao introduzir-se diante deles disse:
“Conheci a Igreja de Deus (do Sétimo Dia) no ano de 1924 na cidade de Dalas, Texas. No mês de Junho daquele ano assisti a uma reunião da Igreja de Deus. Eu era então membro da Igreja Adventista. A primeira instrução que recebi foi do ministro J.M. Rodriguez. Senti-me frustrado com respeito a minha igreja para ouvir o irmão J.M. Rodriguez fazendo uma muito clara distinção de doutrina entre a Igreja de Deus e a Igreja Adventista. Não podia acreditar que a Igreja Adventista estivesse equivocada, mas me sentia impotente para demonstrar o contrário. Segui assistindo até que fui convencionado da verdade que prega a Igreja de Deus. Um ano depois, ou seja no ano de 1925, decidi ser batizado na verdadeira igreja nulificando o batismo adventista. Batizou-me um ministro de nome Hoffman. Depois percorri muitas centenas de milhas desde Dalas até Saginaw, Mich. acompanhado de minha família. Despediu-me com oração aquele ministro Hoffman. Ali me estabeleci no ambiente da Igreja de Deus. Ao ouvir da Igreja do Deus no México enquanto residia em Saginaw, nasceu em mim um grande desejo de vir a esta cidade. Os filhos que tinha eram pequenos. Conversei com minha esposa com respeito ao propósito de vir ao México e ela esteve de acordo.

Meus pensamentos cresciam cada dia sobre o plano de dever conhecer a Igreja de Deus no México. Recordo que era Sábado 6 de Maio do ano de 1931, pela tarde quando saímos rumo a Dallas, Texas, aonde permanecemos por algum tempo preparando aquela viagem. Ao fim saímos de Dallas rumo a esta capital. Minha viagem não foi direto porque me detinha pelo caminho para trabalhar e obter algum dinheiro para poder continuar nossa viagem…”

Era o dia 22 de Outubro de 1932 quando este irmão Campos fez sua chegada à capital do México. Conhecia-o um irmão que tinha estado em Saginaw de nome Aurelio Romero, o qual ao vir ao México tinha estabelecido um laboratório fotográfico em Calzada de Guadalupe nº 40. Este o recebeu em sua casa por alguns dias e o apresentou depois com o ministro Laureano Ramírez. Este, a sua vez, apresentou-o com os irmãos da colônia Portales, de Atzcapotzalco e de Peralvillo.

Depois B.L. Ramirez lhe disse: “Eu vou levar a que conheça um irmão muito bom, que vive pela colônia Vallejo. Ao fim chegaram à rua de Mendelson nº 834, e o apresentou com o irmão Aarón Martinez e a outros irmãos. Aquela noite o acompanhou sua esposa.

Com seu conhecimento mais refinado das Escrituras, que o que possuíam os ministros mexicanos, cativou às igrejas. Levantou-se um fôlego muito grande entre os ministros e membros. Estudavam a Bíblia quase todos os dias em diferentes parte aonde havia igreja.

Mas chegou-nos o dia 10 de Abril de 1933, que correspondia aos 14 de Nisán, quando tinha que celebrar-se a Ceia do Senhor. Ali começou uma pequena diferença entre o irmão Campos e o irmão Baltazar. O irmão Campos dizia que tinha que celebrar a Ceia ao finalizar o dia 9 e começar o dia 10. B.L. Ramirez, que acreditava que a Ceia, a qual lhe chamava “páscoa”, devia celebrar-se terminando o dia 10 e começando o 11, ou seja, ao final do dia 14 de Nisán. Assim era como o vinha fazendo a Igreja no México por instruções de B.L. Ramírez. A discussão foi longa, porque ademais B.L. Ramírez sustentava que nesse dia tinha que se matar um cordeiro, prepará-lo com ervas amargas (rabanetes e arruda). O ministro Campos explicou amplamente este ponto doutrinal, mas B.L. Ramírez e outros irmãos que sustentavam o mesmo, não alcançaram a compreensão. Não podendo chegar a um acordo de suspender a celebração da Ceia (Páscoa) um mês, para celebrá-la no dia 10 de Maio, pensando na data da Segunda páscoa, como explica Números Cap. 9. Assim se fez e esta Ceia se realizou no domicílio de um doutor em Medicina que se chamava Enrique Hernández e Mota, na colônia Atzcapotzalco.

Após se semeou entre os ministros e a igreja certo desconcerto pela mudança da data da Ceia do Senhor e também porque se suprimiu matar um cordeiro nesse dia.

Deve esclarecer-se, entretanto, que naqueles dias, apesar de que comiam a carne de um cordeiro na Páscoa, não existia o costume de guardar as festas de que fala o livro de Levítico.

HISTÓRIA DA IGREJA DE DEUS NO MÉXICO

CAPITULO VII

A igreja apesar de suas deficiências em diferentes aspectos, teve um adiantamento surpreendente durante esta década. Sua mensagem foi levada por vários pregadores impetuosos a diferentes Estados da República. Este era um tempo difícil, difícil pelas conseqüências da recessão dos Estados Unidos, difícil também pelas condições econômicas do povo do México, também o fanatismo da Igreja Católica fazia difícil que o evangelho se estabelecesse livremente. Houve nesse tempo pregadores que sofreram perseguição, ameaças de morte e a morte mesma por parte dos fanáticos católicos.

Desde o momento em que os irmãos Alberto García Becerril, Aarón Martinez García e Felipe García Becerril ficaram integrados no ministério a igreja começou a ter uma etapa de desenvolvimento extraordinário. Melhorou mais ainda com a chegado do ministro Ezequías Campos Aguilar, dos Estados Unidos. Outros homens que puseram seu esforço na obra foram Joel Salazar, Teodoro Chavez, Manuel Galvez, Aunsencio (Carlos) Pérez e outros.

É necessário aceitar que a igreja daqueles dias não tinha chegado ainda a seu pleno desenvolvimento doutrinal devido às circunstâncias que intervieram em sua formação dez anos antes. Como se explicou no capítulo anterior, havia alguns aspectos doutrinais não definidos e quando alguém queria defini-los não podia por ser seus conhecimentos limitados nas Escrituras. Às vezes temos que aceitar que ao iniciar um trabalho há enganos, especialmente quando se carece de experiência. A Bíblia diz que “o caminho dos justos é como a luz da aurora, que vai em aumento até que o dia esclarece” (Prov. 4:18). Não nos deve decepcionar o fato de alguns problemas doutrinais que prevaleceram na igreja daqueles dias, e que alguns destes problemas causaram divisão. Devemos dar graças a Deus de que se o princípio da igreja foi em certo modo nebuloso, o princípio se esclareceu, graças a Deus que trabalhou por meio de seu Espírito Santo, e obrigado também aos homens que não entraram em desalento por aquelas divergências doutrinais, mas sim seguiram adiante investigando a Bíblia para que esclarecesse a luz da verdade.

A DIVISÃO E AS IGREJAS DE DEUS DOS U.S.A.

É importante fazer notar aqui esto período turvo da Igreja de Deus no país da América do Norte, mas isto não nos deve causar desalento, mas sim dar graças a Deus que sempre levantou homens que investigam as Santas Escrituras para manter a pureza da doutrina.

No ano de 1933, no dia 4 de Novembro, declarou-se abertamente uma divisão da igreja nos Estados Unidos. Esta fração da igreja foi encabeçada pelos ministros A.N. Dugger, C.O. Dodd, F.M. Summers e outros, que apoiaram a idéia do irmão Dugger, a qual sustentava que a Igreja de Deus devia ter sua Sede ou Centro de Atividades em Jerusalém, Palestina. Sustentava também que sua organização devia estar baseada em 89 pessoas, que eram os 12 apóstolos, os 70 Profetas e os 7 Diáconos de assuntos internacionais. Isto, aparentemente, tinha apoio nas Escrituras e se ouvia bem. Daí que este grupo de igrejas pôs seu centro de atividades na cidade de Salem, West, Virginia, nos Estados Unidos, e lhe chamou “a Igreja de Deus” da Organização Bíblica.

A outra parte da igreja, que era a maior em número de congregações, e que rechaçava a idéia de uma organização apostólica de 89 pessoas à cabeça, seguiu no mesmo lugar sede que se determinou do século anterior. Este lugar era Stanberry, no Estado do Missouri nos Estados Unidos.

A organização de Salém, em seu afã por dominar ao outro grupo, começou a pregar vários pontos doutrinais, que eram pontos de vista do ministro A.N. Dugger. Muitos dos próprios pregadores do grupo de Salem não entendiam aqueles pontos, mas os pregavam por ser parte daquela fração da Igreja.

O irmão Ezequías Campos Aguilar, que chegou ao México no ano de 1932, procedente dos Estados Unidos, pertencia ao grupo de Salem. Habilmente usava várias passagens da Bíblia para apoiar a existência dos Doze, os Setenta e os Sete como governo da Igreja.

Os ministros que havia então no México durante a chegada do irmão Campos, não eram muito destros na Escrituras e não tiveram objeção para rechaçar este ponto doutrinal. Isto implica que as Igrejas de Deus que havia no México foram doutrinadas e organizadas sob o sistema dos Doze, os Setenta e os Sete. E na nomeação dessas 89 pessoas que se fez no dia 4 de Novembro de 1933, o irmão E. Campos resultou ser um dos Setenta (profetas). Assim lhe reconheceu no México desde essa data em diante. A doutrina dos Doze, os Setenta e os Sete era como o fundamento principal da igreja genuína. Nas orações dos ministros e membros daquele tempo não faltava a menção destas 89 pessoas, dizendo: “…Abençoe aos Doze, os Setenta e os Sete”.

O irmão B. Laureano Ramírez, sem objeção aceitou também esta doutrina e traduziu a Constituição Geral da Organização de Salem, West Virginia, para organizar à igreja do México desta maneira. A primeira parte de dita Constituição dizia:
“Art. 1, Sec. 2: Esta organização manterá a forma apostólica da igreja primitiva, consistindo de:

Os Doze (apóstolos)
Os Setenta (Profetas)
Os Sete
Os Anciãos
Os Supervisores
Os Ajudadores, e
Os discípulos.

Os Doze serão escolhidos de entre os anciões sob a direção do Espírito Santo, por sorteio, depois de haver-se submetido à oração e o jejum. Continuarão em sua gestão evangélica por todo o tempo de sua vida, ou enquanto mantenham a fé de Jesus e os Mandamentos de Deus….
Os sucessores serão escolhidos da mesma maneira.

Os Setenta serão escolhidos de entre os anciãos, sob a direção do Espírito Santo, por meio de sorteio, depois de oração e jejum. Continuarão com esta investidura durante sua vida ou enquanto mantenham firme a fé da igreja Novo-testamentária.

Os Supervisores serão escolhidos de entre os Doze, os Setenta e os Sete, um de cada grupo, serão escolhidos pelos doze unicamente. O Supervisor estará sob a

supervisão dos Doze e manterá sua investidura enquanto os Doze o considerem digno…”.

Pouco depois de dar a conhecer esta constituição, que foi aceita por todos os dirigentes daqueles anos, começou uma diferença muito marcada entre os ministros principais, que eram B.L. Ramírez e E. Campos A. Aquela diferença consistia em um ponto profético que pregava ou mas bem começou a pregar o irmão Campos, depois de 1933. Pregava que Jesus viria em 1936 e que a igreja de Deus devia ser recolhida antes e levada, a Jerusalém, ao lugar aonde descenderia Jesus. Foi muito popular esta doutrina. fizeram-se cantos com este tema, com palavras mais ou menos neste teor:

“Igreja de Deus pulverizada entre todas as nações, terá que ser recolhida antes das tribulações”.

Ao aproximar o ano de 1936 muitos venderam suas casas ou posses e só esperavam a ordem para empreender a viagem a Jerusalém, os filhos se tiraram das escolas, não importava o nível de estudos que levassem.

Por este ponto que não acreditava B. Laureano R. e outros de caráter administrativo, a igreja se dividiu em 1936. A maior parte de membros ficou com o ministro B.L. Ramírez e a maior parte de pregadores com o ministro Ezequías Campos.

HISTÓRIA DA IGREJA DE DEUS NO MÉXICO

CAPITULO VIII

O DESENVOLVIMENTO DA IGREJA

Não obstante as dificuldades que se faziam mais embaraçosas entre os irmãos B.L. Ramírez e E. Campos A., o crescimento da obra de Deus não se deteve. Pelo contrário, foi semelhante “à levedura, que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até que tudo ficou levedado” (Luc. 13:21).

Já em páginas anteriores anotamos a formação das igrejas de Saltillo e Parras, ambas no Estado de Coahuila, e a de Pánuco, no Estado de Veracruz. Agora damos um pormenor da extensão da obra a partir do ano de 1933.

As igrejas que existiam eram congregações com um número regular de membros. A primeira congregação se formou na rua de 5 de Maio nº 40, da cidade do México.

Dentro de um espaço curto de tempo se formaram duas mais: uma na rua Doutor Balmis nº 5, da colônia dos Doutores; outra na rua do Caruso nº 124, da colônia Vallejo, do México, D.F.

Entre os membros batizados no ano de 1934 se destacam os seguintes irmãos que mais tarde se fizeram pregadores e que ajudaram ao crescimento da igreja em diferentes parte. Os nomes de alguns deles são: Manuel M. Gálvez, David Arredondo e José Ruiz. Em 1935 os irmãos Arnulfo Moreno, Abrahám Villalobos e José Bedolla. Também Ramón (Enoc) Salas Negrete.

Em 1934 o ministro Aarón Martinez García abriu a obra em Pachuca, Hgo. Atendia-se desde a cidade do México nos sábados e parte do dia de domingo, cada 8 dias.

Em 1935 o ministro Alberto García abriu a obra no povoado de San Agustín, Zapotlán, Edo. de Hidalgo. Cimentou-se a igreja que existe até esta data.

Em 1935 também se abriu a porta da Igreja de Deus na cidade de Toluca, México. Esta obra era atendida pelo irmão diácono Joel A. Salazar e sua esposa. Os nomes dos irmãos que se batizaram nesse ano em cada um dos lugares mencionados, constam nos livros da história da igreja.

No ano de 1935, o ministro Alberto García Becerril começou sua obra missionária pelos Estados de Morelos e Guerrero. Nossos pregadores todos nesses anos fizeram a obra com muitas dificuldades, sem meios econômicos para poder transportar-se por vias e estradas; expuseram suas vidas quase até a morte, abandonaram a suas famílias e deixaram toda a carga do sustento do lar a suas esposas, pondo elas desta maneira sua parte no sacrifício pela obra de Deus.

O primeiro lugar a que chegou o ministro Alberto García, foi Acatlipa, Mor., uma pequena população que se acha a uns 20 quilômetros ao sul de Cuernavaca, Mor., rumo para Acapulco. Seus meios para abrir a obra nesse lugar, como foi também na maioria de povos aonde se levantou a obra, eram simplesmente sua boca e as Sagradas Escrituras em suas mãos. Não havia literatura disponível para a obra missionária, e a obra, em sua maioria, se fazia de porta em porta.

Ao chegar a Acatlipa, Mor., o ministro Alberto García B., começou a falar com algumas pessoas da mensagem da Palavra de Deus. Aquele povo era muito católico. As mulheres que escutavam, em sua reação de fanatismo, gritavam: “És protestante!, és protestante…!” Então uma delas achou um desses que lhes chamam “Santos”, e lhes disseram: aqui está este santo e aqui estão os fósforos, a ver queime-o! O irmão Alberto resistia a fazê-lo, mas aos gritos e a insistência delas, tomou os fósforos e o pôs fogo ao santo. Ao ver isto, elas queriam lançar-se em cima dele. Mas o que fizeram foi pô-lo no cárcere. O cárcere era uma casinha com um metro de alta, feita de vigas e madeiras que não lhe permitia estar de pé, a não ser ajoelhado ou sentado. Elas esperavam que viesse o juiz para julgá-lo. Assim passou o resto do dia naquele incomodo cárcere, sem comer e sem poder sequer sentar-se bem.

Já entrada a noite chegou um homem, que, em voz baixa, disse-lhe: “Irmão, O que estás fazendo aqui? Este povo é muito fanático e podem matá-lo”. Aquele homem disse ao irmão Alberto García que era o juiz do povo, e muito discretamente lhe confessou que ele também era evangélico, mas que o povo não sabia, e lhe disse: “Esteja pronto, porque na madrugada do dia vou mandar um homem que o tire daqui. Esse homem é o leiteiro do povo. Ele virá em um cavalo e potes de leite. O sinal será este “clec, clec,”, que fazem com a boca para tocar o cavalo.”

Como às 4 da manhã daquela madrugada chegou o homem com o leite, aproximou-se aonde estava preso o irmão A. Garcia, e lhe disse: “Não faça ruído, vou tirar as vigas de cima para que salte. Mas não vá fazer ruído. Em seguida se mete neste costal e o pendurará no cavalo como se fora um pote de leite”. O homem o tirou até uma distância considerável, e o tirou do costal, e lhe disse: “Vá-se por esse caminho, mas não retorne mais aquele povo.

Mas depois de alguns dias Deus quis que se encontrasse com o Juiz que lhe prometeu libertá-lo, e lhe disse que queria conversar com ele sobre as coisas do evangelho. Levou-o a sua casa, ali, ao mesmo povo de Acatlipa, Mor. Depois de dois dias de lhe explicar a palavra de Deus e a doutrina da Igreja de Deus, aquele homem creu e foi o alicerce da Igreja de Deus no povo de Acatlipa, Mor., aonde ao final se fez uma congregação grande, e o irmão Alberto se viu obrigado a ir a esse povo cada semana ou cada duas semanas.

Suas viagens da cidade do México até Acatlipa, Mor., eram a pé. Caminhava em um só dia do México ao povo de “Três Marias”, e ao dia seguinte chegava antes do anoitecer, a Acatlipa. Sua volta era da mesma maneira.

Dali, de Acatlipa, os mesmos irmãos levaram-lhe a Temixco, um povo que está entre a Cuarnavaca e Acatlipa. Ali se abriu outra igreja. Dos convertidos nesse lugar saíram 2 ministros, que junto com o irmão Alberto García chegaram com a obra a Puente de Ixtla, Mor., e depois a Arcelia, Gro. Levantou-se a obra nestes dois lugares, e se estendeu até Hurtzuco, Gro. Em Morelos também progrediu a obra em Youteper, Cuauth e Jotutla.

Foi nessa região de Morelos aonde o irmão Alberto García pegou um paludismo mortal em qual sofreu como por dez anos. Tão grave foi aquela enfermidade que o fez enfraquecer-se excessivamente. Era o irmão Alberto García como uma varinha forrada com sua pele. Assim, em meio aquela enfermidade, continuou seu trabalho de evangelismo, sem retroceder, sem ceder.

Pouco tempo depois de seu trabalho no estado de Morelos e Guerrero, foi ao estado de Michoacán. Caleras, foi o primeiro povo que evangelizou acompanhado de nossos irmãos que estavam familiarizados com pessoas desse lugar. Seus nomes eram: Jesus Granados e Eleazar Rojos, que depois vieram a ser ministros na Igreja de Deus

No afã de pôr sua parte e seu sacrifício pela obra do evangelho, os irmãos Jesus Granados e Eleazar Rojos, faziam a viagem a cada oito dias da cidade do México ao povoado de Caleras, Mich., 20 quilômetros adiante de Zitácuaro, Mich.

Mas, como já se há dito, a situação econômica era crítica. Não se podia viajar de ônibus por esta causa. Assim que os irmãos Jesus Granados e Eleazar Rojas, faziam a viagem de ida e volta até esse lugar em bicicleta. Uma distância de quase 200 quilômetros.

Nessa década surgiram como um mar de estrelas vários ministros, que também puseram seu esforço na obra da Igreja de Deus. Citam-se homens como Amador Zepeda, José L. Mandiola, Jesús Granados, Eleazar Rojas, Tomás Pérez Carmona, Arnulfo Moreno Galván, José Bedolla, Cirilo Román, etc.
No ano de 1936, existiu uma mulher judia, que se fez membro da Igreja de Deus. Chegou a ser diaconisa da igreja. Seu nome era Lea Temkin de Melikov. Por razões de que seu marido, o senhor Melikov, tinha negócios de móveis, a irmã Lea teve que ir radicar-se em Nueva Rosita, Coah. Ela ia com o veemente desejo de levantar a obra da Igreja de Deus nesse lugar. Pediu ao ministério daquele tempo que lhe permitissem levar a um ministro para este fim. Foi o ministro Felipe García Becerril quem esteve por algum tempo nessa zona levantando a obra e onde a Igreja de Deus se estabeleceu em diferentes lugares do estado de Coahuila. Lá entre a gente que converteu, veio um homem de nome José D. (Daniel) García, que depois de converter-se fez-se genro do irmão Manuel Franco, ministro titular da Igreja de Saltillo, então. Depois se batizou e despertou seus dons na pregação. Ao cabo de tempo foi ordenado como ministro o qual substituiu ao ministro Felipe García, quando este teve que voltar para a cidade do México.

A igreja florescia por toda parte, e de todas partes se ouviam chamados solicitando um pregador. A igreja de Deus na cidade do México fez o possível por reforçar seu ministério e organizar-se melhor. No mês de Agosto de 1936 se estabeleceu um Comitê Administrativo, que o compunham só ministros, o qual ficou constituído da maneira seguinte:

MEMBROS DIRETORES DA OBRA: Ministros Baltazar Laureano Ramírez,
Daniel Hernández e Mota,
Alberto García Becerril,
Aarón Martinez García.

SECRETÁRIO: irmão Abraham Villalobos, e

TESOUREIRO : Ministro Eugenio Cibrián.

SURGE UMA DIVISÃO

Cada vez que Satanás está perdendo terreno em sua ação, luta tenazmente por destruir a obra de Deus. E isso foi o que aconteceu nesse ano de 1936. De entre aqueles ministros que tinham ficado à cabeça da Organização, levantou-se um contradizendo a doutrina e atacando aos companheiros ministros. Seu nome foi Baltazar Laureano Ramírez, que quando menos levava dez anos no ministério e figurou entre os principais. As diferenças que desde antes foram o tema de discussão entre ele e o ministro Ezequías Campos Aguilar, tiveram seu clímax nesta divisão.

Foi no mês de Setembro, nos dia 17 para ser mais exatos, de 1936, quando o irmão B.L. Ramírez, rechaçou a Conferência Geral da Igreja de Deus nos Estados Unidos da América do Norte, e contradisse a Constituição que ele mesmo em datas anteriores tinha traduzido e aceito. Muitos bons ministros secundaram sua atitude e apoiaram a divisão.

B.L. Ramírez, sendo Licenciado em Direito, teve facilidade para reter o templo que estava construído na rua do Caruso nº 154, da colônia Vallejo, D.F. Teve também facilidade para sufocar a voz de outros ministros que não o seguiram.

A igreja, depois dessa data, começou-se a reunir provisoriamente na rua de Meldelson nº 834, da colônia Vallejo, próprio domicílio do ministro Alberto García B., e que foi posto no cárcere por pouco tempo, por ter sido acusado pelo B.L. Ramírez de estar-se reunindo para cultos religiosos em lugar não permitido pela lei.
Só uma congregação completa foi arrastada pela influência do Lic. Ramírez. Esta era uma congregação pequena que estava situada em um povo que se chama “Ventaprieta”, do estado de Hidalgo, muito perto da cidade de Pachuca.

Quase imediatamente após haver-se separado o min. B.L. Ramírez manifestou suas tendências de judaísmo e converteu a igreja de Caruso, na colônia Vallejo, em uma sinagoga judaica. Negou a Jesus e adotou várias cerimônias Judias.

 

História no Brasil

No Brasil, existem varios grupos vertentes da Igreja de Deus, que veio a se estabelecer em 1979, quando os obreiros estadunidense e mexicano, respectivamente, Carl Palmer e Carlos Garcia Becerril, entraram em contato com um grupo de sabatistas conhecidos por Igreja dos Primogênitos , movimento oriundo dos adventistas da Promessa. Em 1984, alguns obreiros, em número de sete, foram batizados e ordenados pela Igreja de Deus do exterior, começando oficialmente no Brasil a Igreja de Deus (Sétimo Dia), teve seu inicio em CampinasSP como foro e sede de registro, porem o sistema de governo eclesiático era congregacional , respeitando a autonomia das igrejas Locais.

Cismas ocorridas no Brasil após 1994

Em 1995, houve cismas por questão administrativa e doutrinaria; em consequência ministros que não aceitaram as orientações, afastaram-se da Igreja, resolveram então criar um novo grupo, com administração em Cachoeira Paulista-SP, intitulada como pessoa jurídica Organização Geral das Igrejas de Deus no Brasil – OGID, sendo o primeiro desligamento no Brasil. Este mesmo título que anteriormente já estava sendo usado e pertencia à igreja de Campinas, e suas publicações e administração tiveram que ser transferida para CuritibaPR.

Em 2001, houve novamente um controvérsia doutrinária dentro da Igreja de Deus, sobre dízimos e sistema de governo centralizado ou autônomo. Uma grande parte da Igreja de Deus, defende o sistema congregacional e ficaram conhecidos como Igrejas de Deus (Congregacionais ou autônomas). Após este ano deu-se a origem de um outro grupo, que continuou por algum tempo usando o titulo igreja de Deus, por volta de 2004 logo se identificou como: Congregação Israelita da Nova Aliança (CINA); que continuou com sua sede administrativa em Curitiba-PR; professando uma nova fé, mais uma autodenominada Judaísmo messiânico, este segmento se descaracterizou-se completamente da Igreja de Deus, embora ainda até hoje preguem algumas doutrinas da Igreja de Deus usando até mesmo as mesmas argumentações, no entando com práticas judaicas e já negando a inspiração e autoridade do Novo testamento e até mesmo alguns negam o nascimento de Jesus Cristo por obra e ação do espirito santo (poder de Deus) semilarmente aos Ebionitas.

Por volta de 2005 surge um outro grupo, oriundo da CINA (Congregação Israelita da Nova Aliança) que também aderiu ao nome igreja de Deus do sétimo dia, porém com uma sede ou organização, conhecida por UNID que dizem ser União Nacional das Igrejas de Deus do Sétimo Dia em Laranjeiras do Sul-PR.

o tronco original e continua a existir e é conhecida também como Igrejas de Deus (do Sétimo Dia).

Acreditam no retorno iminente de Jesus Cristo, mas rejeitam a doutrina da imortalidade da alma para todos ou Morada eterna nos Céus. Guardam o sábado como sagrado. Rejeitam a doutrina da Trindade.

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